Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Estudo da Fiocruz questiona vida útil das máscaras com prata na composição

    Na metade dos casos, a concentração da substância se perde com as sucessivas lavagens, de acordo com a pesquisa

    Thayana Araújo e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro 

    Uma pesquisa divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) questiona a durabilidade das máscaras de proteção facial com presença de prata, ou de suas nanopartículas na composição, na prevenção ao contágio pelo novo coronavírus

    O estudo mostra que, em 50% das amostras deste tipo de equipamento de proteção individual analisadas, todas comercializadas no país, a concentração da prata diminuiu com a submissão do produto a cada novo ciclo de lavagem. 

    O estudo foi pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), e um espectrômetro de massa analisou as partículas de prata de cada equipamento de proteção individual. 

    As máscaras passaram por 30 ciclos de lavagem e, a cada cinco, após a secagem, cerca de três centímetros cúbicos de cada máscara eram coletados e a presença de prata analisada. 

    O questionamento sobre a durabilidade ocorre devido ao fato de a concentração original de prata nos diversos modelos, que era de 14 a 72 nanômetros, ter passado a ser de 17 a 57 nanômetros na metade dos casos. 

    Nanômetro é uma unidade de medida muito pequena, própria para microrganismos, e corresponde a um bilionésimo de metro. 

    A prata é utilizada nas máscaras por ser conhecida como muito tóxica para uma elevada gama de microrganismos. A pesquisa resultou em um artigo, publicado pela revista “Visa em Debate”, e suas conclusões pretendem oferecer subsídios técnicos e científicos para a implementação de normas regulatórias para esses tipos de produto. 

    “Sendo assim, há a necessidade de estabelecer os requisitos mínimos de composição e qualidade desses produtos por órgãos competentes de regulação e fiscalização, frente a atual oferta e demanda dos produtos contendo AgNP no mercado nacional”, diz um trecho do artigo.

    A ciência ainda não definiu um patamar mínimo de concentração de prata para que o produto tenha 99,9% de eficácia na prevenção ao vírus.

    Tópicos