Estudo aponta que vacinação contra a Covid-19 avança de forma desigual em SP
À CNN, a coordenadora do levantamento, Raquel Rolnik, identificou baixa cobertura em bairros periféricos da cidade


Um estudo feito pelo laboratório de Arquitetura e Urbanismo da USP apontou que a vacinação contra a Covid-19 avançou de forma desigual nos bairros periféricos em São Paulo.
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (26), a coordenadora do levantamento, Raquel Rolnik, explicou que busca mapear a “territorialização da pandemia, de que forma ela está se localizando nos diferentes territórios da região metropolitana e a distribuição da vacinação.”
Ela afirma que a concentração de casos, hospitalizações e mortes não é homogênea: “Percebemos que algumas das regiões com altos números da pandemia não têm cobertura vacinal extensa.”
Raquel destaca que há áreas da cidade que exemplificam essa situação: “Como no extremo leste, Cidade Tiradentes, Capão Redondo, que a cobertura das faixas etárias elegíveis para a vacina está muito menor, isso levanta um alerta, é importantíssimo que o imunizante consiga chegar.”
A baixa cobertura pode ser atribuída, segundo o estudo, ao negacionismo, falta de confiança na vacina, dificuldade de comprovação de residência e dificuldade de acesso aos postos.
A pesquisadora cita como possíveis soluções a ampliação da imunização em postos-volante, pontos de ônibus, terminais de metrô, além da “busca ativa, de porta em porta”, dessas pessoas.