Estudo aponta que aceleração da vacinação evitaria 20 mil mortes por mês
De acordo com a pesquisa, as mortes seriam evitadas se o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliasse a aplicação de doses para 2 milhões de pessoas por dia
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) aponta que, se a vacinação fosse acelerada, o Brasil poderia evitar mensalmente a morte de 20 mil pessoas por Covid-19.
Os pesquisadores fizeram uma projeção entre abril e junho usando dados reais do país. De acordo com a pesquisa, as mortes seriam evitadas se o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliasse a aplicação de doses para 2 milhões de pessoas por dia. As unidades de saúde do país têm capacidade e estrutura para atender a essa demanda.
O estudo também aponta que 60 mil mortes teriam sido evitadas nos últimos três meses se o ritmo de vacinação proposto na pesquisa ocorresse desde o início da campanha.
Um dos pesquisadores do estudo, o cientista de dados Wallace Casaca, afirmou que, se o país aplicasse 2,5 milhões de doses por dia, 30 mil mortes seriam evitadas nos próximos meses.
“A partir de projeções matemáticas e do uso da inteligência artificial aliado aos dados reais de vacinação do Brasil, nós poderíamos evitar em torno de 30 mil óbitos em um período de três meses, correspondendo aos meses de junho, julho e agosto, caso o Brasil vacinasse mais”, afirmou o pesquisador.
“Em relação aos números de novos casos de Covid-19, esses também teriam reduções significativas. Da ordem de 810 mil novos casos poderiam ser evitados caso o Brasil vacinasse mais nesse mesmo período.”
