Estatuto da Pessoa com Câncer visa tratamento completo para todos, diz oncologista
À CNN Rádio, Paulo Hoff fez a ressalva de que as novas regras precisam de recursos para serem executadas de forma eficaz
O Estatuto da Pessoa com Câncer foi publicado no Diário Oficial da União da última segunda-feira (22). Segundo o texto, será oferecido atendimento integral obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS) aos pacientes com a doença.
Em entrevista à CNN Rádio, o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Paulo Hoff, afirmou que o câncer é “um problema de saúde pública.”
“Temos mais de 600 mil novos casos por ano, não há família que não tenha um caso ou vizinho que sofre com a doença. O estatuto traz um comprometimento do país com o tratamento adequado de todas as pessoas, criando melhor oportunidade de uma cura e vida com dignidade”, analisou.
Um dos pontos do Estatuto, segundo Hoff, é a “coordenação de esforços”: “É uma tentativa para o tratamento ser absolutamente completo, com esforços de prevenção primária, para reduzir a incidência do câncer, como por exemplo incentivo à redução do uso de tabaco, até o tratamento sem cura, mas que demanda cuidados paliativos.”
“O tratamento do câncer não é só dar o remédio, tem prevenção, diagnóstico, terapias iniciais, cirurgias e radioterapia, farmacológicos, psicologia, nutrição, tudo isso é direito do cidadão e dever do Estado”, completou.
O oncologista, no entanto, fez uma ressalva de que o Estatuto, embora seja bem-intencionado, “precisa de recursos para sair do papel e melhorar a vida das pessoas.”
