‘Estamos preparando academias para a nova realidade’, diz diretor de associação
Representante da Associação Brasileira das Academias (ACAD) falou sobre medida que incluiu estabelecimentos entre serviços essenciais
O diretor da Associação Brasileira das Academias (ACAD), Richard Bilton, afirmou à CNN, nesta terça-feira (12), que os estabelecimentos estão sendo “preparados fisicamente para a nova realidade” do pós-pandemia da Covid-19.
“Temos uma série de investimentos na parte de tecnologia, inclusive na higienização das salas, com intervalos”, informou ele. “Fizemos uma cartilha com uma série de recomendações baseadas na experiência na China e em outros países que já estão com a retomada das academias”, acrescentou.
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Bilton detalhou que as medidas vão desde a chegada dos alunos – que deverão limpar os sapatos – até restrições de horários e metragem de alunos por metro quadrado. “A cartilha estipula distância mínima de 4m², ou seja, dois metros de cada lado para toda pessoa. Com certeza, teremos uma nova realidade nas academias, também com equipamentos intercalados para não ter ninguém ao seu lado, com uso de máscaras e totens de álcool em gel”, explicou.
O diretor da ACAD ainda disse considerar que as mudanças serão necessárias “porque não tem dinheiro que convença um aluno a vir para a academia se ele não se sentir seguro. A saúde, com certeza, está em primeiro lugar”, declarou. “As pessoas estão imaginando que vão entrar em uma academia igual a de dois meses atrás, só que isso não é mais uma realidade. Vamos encontrar ambientes realmente preparados”, completou.
Na segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incluiu as academias na lista de serviços essenciais, ao lado de salões de cabeleireiro e barbearias. Sobre isso, o diretor da associação do setor afirmou que a decisão deve ser de cada região. “Tem locais que, com certeza, não seria a hora nesta semana de abrir academias”, ponderou. O setor merece essa recomendação [de essencial], mas no final sabemos que vamos ter que refletir a realidade municipal da capacidade de operar”.
À CNN, a professora de direito Patrícia Sampaio, da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ) esclareceu que as restrições feitas por governadores e prefeitos se sobrepõem ao decreto presidencial.