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    Estados defendem priorizar reforço em idosos e permitir intercâmbio de vacinas

    Conass propõe que adolescentes sejam vacinados após terceira dose a todos de 60 anos ou mais

    Vacinação contra a Covid-19 em Jundiaí (SP)
    Vacinação contra a Covid-19 em Jundiaí (SP) Prefeitura de Jundiaí

    Tainá Falcãoda CNN*

    O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) propôs ao Ministério da Saúde nesta segunda-feira (13) que seja definida como política nacional a priorização de uma dose de reforço em todos os maiores de 60 anos e imunossuprimidos, em detrimento da vacinação de adolescentes.

    O documento assinado pelo presidente do Conass, o secretário de Saúde do Maranhão Carlos Lula, ainda defende a permissão da chamada “vacinação heteróloga”, quando há intercâmbio entre vacinas. Uma pessoa vacinada com a primeira dose de um imunizante recebe uma segunda dose de outra vacina.

    “Autorizar já para a segunda dose, a intercambialidade com vacina heteróloga, sempre que houver risco de atraso em situações de indisponibilidade da vacina inicialmente
    utilizada”, defende Carlos Lula, no ofício endereçado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

    A medida proposta pelo secretário já começou a ser adotada pela cidade de São Paulo a partir desta segunda. Diante do “apagão” de doses do imunizante da AstraZeneca, a capital paulista iniciou a aplicação da vacina da Pfizer em pessoas com o prazo para segunda dose atrasado ou previsto para ocorrer até quarta-feira (15).

    Terceira dose x expandir vacinados

    A opção entre ampliar para os adolescentes a vacinação contra a Covid-19 ou priorizar a aplicação da dose de reforço não é consenso entre cientistas.

    Nesta segunda, um grupo de pesquisadores publicou um artigo na revista médica “The Lancet” criticando a prioridade para as doses de reforço, posição também já manifestada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Os autores do texto dizem não haver evidências de que a dose extra compense o risco de aplicar o reforço quando outros grupos e populações ainda não foram imunizados.

    “Mesmo que a dose de reforço seja eventualmente assocada a uma diminuição de risco de contrair a doença em sua forma grave, os estoques de vacinas atuais poderiam salvar mais vidas se eles fossem utilizados em populações ainda não vacinadas do que usadas como extras em pessoas já vacinadas”, diz trecho do artigo, corroborando com a tese da OMS.

    Por outro lado, o documento do Conass e a prática de diversas regiões e países que possuem estoques de vacina tem sido a de buscar aplicar novas doses em pessoas que apresentam menor resposta imune às vacinas, em especial os idosos e os imunossuprimidos.

    Com informações de Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo