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    Especialista explica por que OMS deixou de classificar mpox como emergência de saúde global

    Em entrevista à CNN neste sábado (13), o infectologista e professor da Unesp, Alexandre Naime, disse que estruturação de estratégia de prevenção em populações vulneráveis colaborou para queda de casos

    Rafael Saldanhada CNN*

    em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, na última quinta-feira (11), que a mpox, doença conhecida anteriormente como varíola dos macacos, deixou de ser classificada como uma emergência global.

    Em entrevista à CNN neste sábado (13), o infectologista e professor da Unesp Alexandre Naime explicou que a decisão foi tomada com base na melhora da situação epidemiológica, ou seja, diminuição no número de casos e mortes.

    Ele relembrou que a mpox é uma doença conhecida desde a década de 1970, mas era restrita ao continente africano. Com o surto internacional alastrado a partir de maio do ano passado, ocorreram mais de 87 mil casos e cerca de 140 óbitos no mundo inteiro.

    “O pico desse surto aconteceu por volta de agosto do ano passado, quando, em apenas uma semana, mais de 7 mil casos foram confirmados em todo mundo. Com a estratégia de prevenção montada, principalmente em populações mais vulneráveis, esse número caiu de forma muito impactante”, disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

    Naime explicou que, em uma situação de alta no número de casos e mortes, é importante a classificação da emergência sanitária global pela OMS ou pelos governos dos países porque permite uma alocação mais rápida de recursos.

    O infectologista exemplifica citando os testes para diagnóstico de mpox, que são baseados em biologia molecular e possuem um custo maior, além dos recursos para atendimento de pacientes e casos mais graves.

    “Estamos registrando, no mundo todo, cerca de 100 a 130 casos por semana. Então já não é uma situação de emergência de saúde pública global. Como a situação epidemiológica melhorou bastante, esse estado já não é mais necessário”, concluiu.

    * Sob supervisão de Elis Franco, da CNN