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    Epidemiologista defende que crianças não sejam vacinadas antes do fim dos testes

    Para Márcio Sommer Bittencourt, é preciso que os grupos de maior risco e mais expostos ao vírus devam continuar sendo prioridade

    Produzido por Layane Serrano e Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo]

    A AstraZeneca anunciou que começará a realizar testes clínicos da vacina de Oxford em crianças e adolescentes de seis a 17 anos. Em entrevista à CNN Brasil, o epidemiologista Márcio Sommer Bittencourt disse que não acha certo vacinar crianças antes dos resultados dos estudos.

    “Não acho que é uma população que a gente deva começar a usar vacina antes de termos o resultado dos estudos. Entre outros motivos, porque não é a população prioritária. A população prioritária é a que tem mais risco de complicar com a vacina e/ou que tem mais exposição ao vírus.” 

    O epidemiologista acredita que, em termos de eficácia e efeito colateral, os testes entre pessoas de 15 a 20 anos devem ser muito parecidos.

    “Qual é a probabilidade de isso ter um resultado muito diferente entre pessoas de 15, 16 e 17 anos versus o que a gente tem com 18 ou 20? Realmente, a probabilidade é muito baixa. A nossa expectativa em termos de efeito colateral e eficácia é que seja muito parecido”, afirma. “Mesmo assim, o mais adequado é a gente testar principalmente entre as faixas etárias mais novas. A gente tem uma preocupação de que o resultado não seja exatamente o mesmo por conta das diferenças que temos com a população infantil”, diz.

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