Ministério da Saúde pode comprar mais de um tipo de vacina contra coronavírus
Instituto em SP recebeu visita de representantes do Ministério da Saúde
O Secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou, em visita ao Instituto Butantan nesta quinta-feira (13), que o Ministério da Saúde pode adquirir mais de um tipo de vacina contra coronavírus. O estado de São Paulo lidera o estudo da Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Medeiros disse que o Ministério da Saúde tem interesse em adquirir vacinas que tiverem a eficácia comprovada Além da vacina em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, ele citou o estudo conduzido no Brasil pela Universidade de Oxford com apoio da FioCruz e a vacina laboratório norte-americano, Moderna em parceria com a Pfizer, que deve iniciar em breve os testes de fase 3.
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“As vacinas que tiverem a eficácia comprovada, o Ministério da Saúde fará todo esforço para equipar doses suficientes para população brasileira”, disse.
Arnaldo Medeiros afirmou que o Ministério deverá divulgar “em breve”, um plano de imunização que normatizará a aquisição, produção e distribuição das futuras doses da vacina contra o coronavírus.
O secretário do Ministério da Saúde foi recebido pelo Diretor do Instituto, Dimas Covas, pelo secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e José Henrique Germann, ex-secretário de Saúde e membro do Centro de Contingência do coronavírus. Após longa reunião a portas fechadas, o grupo visitou as instalações do Butantan e conversou com a imprensa, alinhado em um discurso de unidade pela saúde dos brasileiros.
O estado de São Paulo tem autonomia para criar planos próprios de imunização, mas Gorinchteyn descartou a probabilidade da Coronavac ficar restrita à população paulista.
“São Paulo está trazendo essa vacina mas ela não é voltada para São Paulo. Ela é voltada para os brasileiros”, pontuou.
A CNN também adiantou a movimentação de parlamentares paulistas pela destinação de recursos ao Instituto Butantan.
O coordenador da bancada paulista na Câmara, Vinícius Poit (Novo-SP) protocolou uma emenda junto à Secretaria-Geral da Mesa, que pede a inclusão do Instituto Butantan na Medida Provisória e a divisão do valor destinado a Fiocruz, pouco mais de R$ 997 milhões.
Outra alternativa, caso a emenda seja rejeitada, seria tentar articular com o governo federal uma MP exclusiva para o Butantan.
O diretor do Instituto, Dimas Covas, disse que o assunto foi discutido em audiência pública, na Câmara dos Deputados. A Comissão de Enfrentamento à COVID-19 deve visitar o Butantan no próximo dia 25.
São Paulo já arrecadou R$ 96 milhões em doações privadas para a construção de uma fábrica para produção da vacina contra o coronavírus. A meta é alcançar R$ 130 milhões para dobrar a atual capacidade do Instituto Butantan, que é de 120 milhões de doses por ano.
