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    Em uma semana, vacinação infantil tem mais de 270 mil menções no Twitter, diz FGV

    Apenas em um dia, mais de 65 mil tuítes favoráveis à imunização das crianças de 5 a 11 anos foram publicados na plataforma

    Das postagens, 53,1% foram feitas por grupos a favor da vacinação de crianças
    Das postagens, 53,1% foram feitas por grupos a favor da vacinação de crianças Myke Sena/MS

    Isabelle Resendeda CNN no Rio de Janeiro

    A vacinação infantil contra a Covid-19, que teve início nesta segunda-feira (17) em todo país, tem gerado discussões e mobilizando muitos perfis nas redes sociais.

    Entre os dias 7 e 14 de janeiro, foram contabilizados mais de 270 mil (277,1 mil) postagens somente no Twitter. A maioria favorável a imunização das crianças de 5 a 11 anos. De acordo com o levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ DAPP), 53,1%, das postagens foram feitas por grupos a favor da vacinação.

    O momento de maior mobilização do debate ‒com 65,4 mil tuítes‒ foi registrado no dia 11 de janeiro, quando se intensificam mensagens contrárias às declarações do pastor Silas Malafaia, em que classificava a aplicação de vacinas em crianças como infanticídio.

    Além de críticas às falas do pastor evangélico, as postagens a favor da vacinação infantil mencionam o número de casos e de mortes pela doença entre crianças no Brasil, além de exemplos de outros países que já adotaram a medida, em defesa da vacinação.

    As hashtags de maior engajamento no período analisado foram “#derrubamalafaia” e “#derrubemalafaia”. Foram mais de 40 mil (41,4 mil). Devido à pressão dos internautas, a plataforma decidiu retirar do ar a publicação feita pelo pastor Silas Malafaia.

    Para o diretor do FGV/DAPP, Marco Aurélio Ruediger, empresas como Twitter, Facebook, Youtube, precisam se responsabilizar sobre o conteúdo divulgado em suas plataformas e criar mecanismos para evitar a propagação de desinformação.

    “Essas empresas precisam deixar claro quais são suas políticas para evitar a propagação de desinformação. Postagens como a do pastor Sillas Malafaia geram um dano irreparável e não podem prosperar sob falso argumento da liberdade de expressão. Isso não é verdade. É um engodo. É desinformação” – afirma Marco Aurélio.

    Nesta segunda-feira (17), o Twitter liberou no Brasil um recurso para denunciar tuítes que contenham desinformação. A ferramenta, ainda em fase de testes, já havia sido liberada nos EUA, Coreia do Sul e Austrália em agosto de 2021. Além do Brasil, a ferramenta estará disponível na Espanha e Filipinas.

    Em comunicado, o Twitter disse que os países foram selecionados “porque queremos colher aprendizados de uma pequena, porém geograficamente diversificada, gama de regiões – incluindo aquelas em que o inglês não é o primeiro idioma – antes de tornar a ferramenta disponível globalmente”.