‘Eficácia da vacina da Pfizer já temos, agora vamos ver efetividade’, diz médica
Infectologista Denise Garrett falou à CNN sobre a primeira fase de vacinação no Reino Unido, iniciada nesta terça-feira (8)
Há pouco menos de um mês, a Pfizer informou que a análise final da terceira e última fase de testes clínicos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a BioNTech mostrou 95% de eficácia. Para a infectologista Denise Garrett, que é vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, os dados são sólidos, mas a efetividade do imunizante começa a ser testada agora, com o início do programa de vacinação no Reino Unido.
“O que vamos ver agora na vacinação em massa é o que chamamos de efetividade, é como os resultados obtidos dentro um ensaio clínico se traduzem no mundo real, onde se tem diferentes pessoas, temperaturas. Isso é o que chamamos de efetividade da vacina”, disse a especialista em entrevista à CNN.
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Denise explicou que a efetividade da vacina Pfizer/BioNTech será aprovada, de fato, com o controle da transmissão da Covid-19 entre os britânicos.
“Até que essa transmissão diminua, precisaremos de certa porcentagem da população vacinada. Vamos dizer que numa vacina de eficácia de 70%, por exemplo, precisaríamos de, no mínimo, 2/3 da população do país vacinada para podermos ter impacto grande na diminuição da transmissão. Até isso acontecer, as medidas de prevenção e controle, como máscara, distanciamento social e lavagem de mãos, continuam.”
Outro dado a ser avaliado nessa primeira fase de imunização, segundo a infectologista, é a “duração” do imunizante no corpo humano.
“Em termos de sabermos quanto tempo vai durar essa proteção, ainda não sabemos. Sabemos que os vacinados estão sendo acompanhados e teremos esses dados muito em breve. Suspeito que não será uma duração muito curta nem muito longa”, afirmou Denise.