Efetividade da vacina atual da gripe contra a cepa H3N2 é baixa

Na edição desta segunda-feira (20) do quadro Correspondente Médica, do Novo Dia, a cardiologista Stephanie Rizk explicou como a vacina da gripe poderia combater a nova cepa que está causando epidemias da doença em algumas capitais.

Segundo estudo da Universidade da Pensilvânia nos Estados Unidos, as vacinas disponíveis contra a gripe não protegem contra a cepa H3N2. No entanto, alguns especialistas acreditam que os imunizantes possam ter um certo grau de efetividade contra a variante.

A tática de apostar em vacinas já existentes para combater uma variante ainda desconhecida é chamada de proteção cruzada.

Rizk explica que o nível de efetividade da proteção cruzada costuma ser baixo, pois depende de uma “memória imunológica” adquirida pelo corpo, que tentaria combater a nova variante utilizando os mesmos recursos aprendidos ao combater o vírus original.

Por conta disso, ela reforça a importância de manter os cuidados como uso de máscaras, distanciamento social e higiene, que previnem contra a gripe, assim como contra a Covid-19.

“A flexibilização das medidas adotadas para conter a pandemia certamente facilitou a transmissão do vírus influenza, assim como de outros vírus”, de acordo com a doutora. Essa maior exposição é o principal incentivo para se vacinar com os imunizantes disponíveis.

O vírus influenza sofre diversas mutações e, anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne para decidir contra quais mutações a vacina da gripe vai atuar. Neste ano, a mutação H3N2 ficou de fora.

“Por volta de março de 2022 já devemos ter a nova vacina contra gripe, que protegerá contra essa cepa”, ela diz.

Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19 e a gripe