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    É importante usar máscaras cirúrgicas ou PFF2 contra a variante Delta

    À CNN Rádio, a infectologista Melissa Valentini reforçou que a cepa é 100 vezes mais transmissível do que o vírus original

    As máscaras N95, também conhecidas pela sigla PFF-2, são consideradas o padrão-ouro para proteção
    As máscaras N95, também conhecidas pela sigla PFF-2, são consideradas o padrão-ouro para proteção Getty Images

    Amanda Garciada CNN*

    em São Paulo

    Com o avanço da variante Delta do coronavírus no Brasil – que já está presente em todos os estados –, a infectologista do Laboratório Hermes Pardini, Melissa Valentini, reforçou que é necessário um cuidado ainda maior com as medidas sanitárias.

    “É muito mais importante usar máscaras cirúrgicas ou do tipo PFF2 (N95), especialmente para pessoas mais vulneráveis”, disse, destacando que a cepa é 100 vezes mais transmissível do que o vírus original. A médica também afirmou que a máscara tem que ser usada da forma correta no rosto, e a todo o tempo, senão ela não cumpre o seu papel de proteção.

    De acordo com a infectologista, fora do Brasil, a Delta “se mostrou capaz de ser transmitida pessoas totalmente vacinadas, que apesar de terem quadros assintomáticos e leves, podem espalhar o vírus”.

    Melissa ainda lamentou que o país, na visão dela, faça “pouca vigilância epidemiológica: “O que é recomendado sempre é que as pessoas sejam isoladas, caso tenham contato com pessoas infectadas, a gente testa e isola pouco, o correto é fazer quarentena de 14 dias.”

    Avanço da variante Delta

    A variante Delta é predominante em mais 50% das amostras avaliadas em Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro, segundo dados coletados no último mês de agosto pelo Sistema de Vigilância Genômica desenvolvido pelo Grupo Pardini em colaboração com o laboratório de Biologia Integrativa do ICB/UFMG.

    As análises de dados mostraram também que a Delta vem avançando em outras capitais, como Fortaleza (33,3%), Brasília (32,4%), São Paulo (29%), Palmas (16,6%), Goiânia (14,2%), Belo Horizonte (10,5%) e Porto Velho (10%). Desde abril deste ano, os pesquisadores vêm monitorando a dinâmica das variantes da Covid-19 nas principais capitais do Brasil.

    *com produção de Bel Campos