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    ‘É bom não contar tanto com a vacina’, alerta ex-presidente da Anvisa

    Gonzalo Vecina Neto lembra que doses inicialmente serão limitadas: "A vida normal, se tudo der certo, fica para o segundo semestre do ano que vem"

    Da CNN, em São Paulo

    O ex-presidente da Anvisa Gonzalo Vecina Neto alerta que é preciso calma com as notícias sobre as vacinas contra a Covid-19, como a de que o Ministério da Saúde da Rússia pretende registrar uma ainda nesta semana. Em entrevista à CNN neste domingo (9), ele explica os procedimentos para a aprovação de uma vacina e lembra que a normalidade como se conhecia até o início deste ano deve demorar. 

    “Os russos provavelmente estão queimando algumas etapas. Uma vacina, para ser colocada à disposição da população, tem que demonstrar que é segura. Vacina não é como um remédio que você dá a um doente, você dá para quem não tem doença. É inadmissível que cause alguma doença”, disse.

    “Primeiro os testes pré-clínicos, depois fase 1, que é segurança, fase 2, se produz efeito, e fase 3, que é intensificar a fase 2, dando para milhares de pessoas. No caso da vacina da dengue, por exemplo, estamos dando para 16 mil pacientes, no caso da Sinovac, a chinesa, são 9 mil. Essa coisa toda vai terminar daqui uns quatro meses, e aí começa a batalha para registro”, prevê.

    Vecina alerta, no entanto, que todo o processo será demorado, já que o mundo tem mais de 7 bilhões de seres humanos. “É bom não contar tanto com a vacina assim, porque temos uma quantidade limitada de doses e não tem vacina para todo mundo. A vida normal, se tudo der certo, fica para o segundo semestre do ano que vem”, completou.

    (Edição do texto: Paulo Toledo Piza)