Doses diferentes da vacina têm combinação segura e eficaz, diz infectologista
Luana Araújo ainda afirmou que muitos outros países também tiveram que adotar a medida devido à grande demanda por imunizantes
Nesta segunda-feira (13), a cidade de São Paulo começou a vacinar com doses da Pfizer as pessoas que começaram a imunização contra a Covid-19 com a AstraZeneca. Em entrevista à CNN, a infectologista Luana Araújo afirmou que a intercambialidade da vacina é segura, eficaz e pode até ser benéfica.
“As doses diferentes têm uma combinação tão segura e eficaz quanto duas doses da mesma fabricante. Há a possibilidade, ainda, de que, ao usar vacinas diferentes, o sistema imunológico seja acionado de formas diferentes, de modo a ensiná-lo melhor a se defender. É uma possibilidade, mas ainda faltam estudos a longo prazo para ter certeza disso”, afirmou a infectologista.
A médica ainda relembrou que diversos países também tiveram que adotar a medida devido à grande demanda por vacinas.
“Usar doses diferentes não é uma invenção de agora e vem justamente da necessidade que outros países tiveram, de completar o esquema vacinal cujo abastecimento está por um fio. Como sempre houve uma demanda global muito grande das vacinas contra a Covid-19, era natural precisar de alternativas nesse sentido. Então, outros países europeus já fizeram esse tipo de combinação”, afirmou a infectologista.
Conass defende uso de vacinas diferentes
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) defendeu a permissão da chamada “vacinação heteróloga”, quando há intercâmbio entre vacinas.
“Autorizar já para a segunda dose, a intercambialidade com vacina heteróloga, sempre que houver risco de atraso em situações de indisponibilidade da vacina inicialmente utilizada”, disse o presidente do conselho, Carlos Lula, em ofício endereçado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
(Publicado por Daniel Fernandes)