Governo de SP prevê 40 milhões de doses da Butanvac a partir de julho
Imunizante será integralmente desenvolvido pelo Instituto Butantan e usará a mesma tecnologia utilizada na vacina contra a gripe
O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), informou durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (26) que o governo prevê 40 milhões de doses da Butanvac a partir de julho.
A coletiva desta sexta anunciou a criação da Butanvac, uma vacinal nacional contra a Covid-19.
Segundo Doria, o início da produção da Butanvac está previsto para maio e “portanto, teremos condições para iniciar a vacinação com as 40 milhões de doses, se possível, em julho”.
O investimento para a produção do novo imunizante virá do governo estadual e do próprio Instituto Butantan.
Doria informou ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberá ainda nesta quinta as informações necessárias para iniciar as avaliações que possam permitir o início dos testes da fase 1 em voluntários “seja iniciada imediatamente”. “Nesse momento, o senso de urgência é o senso de respeito”, disse.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a produção da Butanvac não afetará em nada a produção da Coronavac, desenvolvida pelo Butantan em parceira com o laboratório chinês Sinovac.
Variante de Manaus
Segudo Dimas Covas, o imunizante desenvolvido pelo instituto está preparado para combater a variante do coronavírus encontrada em Manaus, no Amazonas, que é considerada mais transmissível.
“Na realidade, nós trabalhamos na versão P.1 da vacina, então quando entrar em produção será na versão P.1”, afirmou.
Tecnologia e custos de produção
Segundo Dimas Covas, o imunizante do Instituto Butantan usa a mesma tecnologia das vacinas da gripe, que é mais barata do que outras vacinas, e pode ter dose única.
“Em princípio, essas vacinas que usam essa tecnologia [da vacina da gripe] são muito baratas, as mais baratas do mundo. Esperamos que aconteça o mesmo com essa vacina [Butanvac], que ela tenha um custo bem inferior”. Segundo ele, não há recursos do Ministério da Saúde até este momento.