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    Doença de Parkinson vai além de tremor; conheça sintomas motores e não-motores

    À CNN Rádio, a presidente da Associação Brasil Parkinson Érica Tardelli explicou que a doença é caracterizada pela lentidão do movimento

    Amanda Garciada CNN

    A doença de Parkinson é caracterizada pela lentidão do movimento, segundo explicou a presidente da Associação Brasil Parkinson e fisioterapeuta especialista na condição Érica Tardelli.

    O mês de abril é dedicado para a conscientização sobre o Parkinson.

    À CNN Rádio, no Correspondente Médico, a médica explicou que o Parkinson não é a doença do tremor, já que “20% dos diagnosticados não tremem.”

    A doença associa um sintoma de lentidão de movimento, que pode ser tremor, rigidez e perda de equilíbrio.

    “O Parkinson causa perda de células nervosas numa região do cérebro que produz a dopamina, que auxilia no controle do movimento, como falar e andar.”

    No entanto, Érica fez a ressalva de que a doença “não é só motora”, mas, sim, combina sintomas motores e não-motores.

    Os motores se manifestam, por exemplo, com uma dificuldade para abotoar um botão, calçar sapato, limitação do movimento do braço durante a caminhada, ou arrastar o pé.

    Já os não-motores são perda do olfato, do sono, depressão, fadiga e micrografia (quando a letra fica pequena).

    A especialista destacou que o Parkinson pode atingir qualquer pessoa.

    “Apenas 5% dos casos têm origem genética, a maioria deles não tem causa definida.”

    De acordo com ela, há fatores ambientais para o desenvolvimento da condição relacionados a solventes industriais, pesticidas e até mesmo poluição do ar.

    A idade também é um quesito importante: “quanto mais velho, mais chance de desenvolver a doença.”

    Mesmo assim, qualquer pessoa pode ter a doença, que é diagnosticada por um neurologista especializado em distúrbios do movimento, com exame clínico apurado.

    Tratamento

    O tratamento da doença de Parkinson passa por um acompanhamento multidisciplinar.

    “O SUS oferece grande parte das medicações gratuitamente, mas as psicoterapias, por exemplo, deixam a desejar.”

    “No Brasil, temos o melhor tratamento e profissionais mais capacitados do mundo, mas infelizmente não há acesso para todas as pessoas”, completou.

    A prevenção passa, segundo Érica Tardelli, por prática regular de exercícios – que também ajuda a retardar a velocidade do avanço dos sintomas.

    *Com produção de Isabel Campos

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