Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    ‘Distanciamento precisa ser estratégia de sobrevivência’, apela infectologista

    Infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jamal Suleiman ressaltou que cansaço gerado pela pandemia não pode superar estratégias individuais de proteção

    Produzido Elis Franco, da CNN, em São Paulo

    Quase 195 mil brasileiros morreram de Covid-19 somente em 2021, número que supera o total registrado em todo o ano passado. Para o infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jamal Suleiman, a fadiga da população depois de 1 ano de pandemia não pode superar os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus.

    “A vacina parece ser uma miragem para a gente. A estratégia que temos é manter o distanciamento entre pessoas e usar as máscaras. 1 ano e 3 meses depois do início da pandemia, é fundamental que todos nós possamos ter isso como estratégia de sobrevivência até que a gente possa assumir o que chamamos de normalidade”, disse, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (26).

    Para ele, é essencial que a população cobre dos governantes maior disponibilidade de vacinas contra a Covid-19. No momento, o Brasil conta com os imunizantes Coronavac, produzido pelo Instituto Butantan, e Oxford/AstraZeneca, envasada pela Fiocruz. Nesta semana, o país deve receber o primeiro lote das vacinas da Pfizer.

    “Sem ter vacinação, não vamos retomar nenhum aspecto da nossa vida. É impossível que isso ocorra. Ainda vivemos um processo que estamos temerosos da terceira onda [de infecções por Covid-19], que pode ser mais grave do que essa”, alertou Suleiman.

    O médico lamentou o número de vítimas da doença no país e o cansaço dos profissionais de saúde. “Parece que números não tocam mais ninguém, a não ser quando alguém próximo ou da família morre como consequência dessa doença. A gente que está na área da saúde tem que lidar com isso desde o ano passado. Um ano inteiro só vendo e dando conta isso, tentando minimizar o impacto do desfecho ruim [da doença], que é ruim para todo mundo.”

    Aglomeração na 25 de março, em São Paulo, durante a pandemia da Covid-19
    Aglomeração na região da 25 de março, em São Paulo, durante a pandemia da Covid-19
    Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo (14.dez.2020)

    Tópicos