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    “Direito à vida está acima dessas liberdades de delirar”, diz Eduardo Paes

    Prefeito do Rio garante que vai "dificultar a vida" daqueles que não acreditam na vacinação; cerca de 800 mil pessoas ainda não tomaram a dose de reforço na capital

    Isabelle ResendeCamille Coutoda CNN , Rio de Janeiro

    A exemplo do presidente da França, Emmanuel Macron, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse nesta sexta-feira (07) que irá “dificultar a vida” daqueles que não acreditam na ciência e na vacina. Paes disse que a exigência do passaporte da vacina na cidade do Rio é fundamental não só para proteger as pessoas como para flexibilizar atividades e permitir que a economia gire.

    “Eu vou usar uma expressão que o presidente francês usou, que o prefeito de Nova York usou: o passaporte da vacinação é libertador porque é ele que permite que haja uma certa flexibilidade no funcionamento das coisas. Eu estou aqui literalmente com o passaporte da vacina dificultando a vida daqueles que não creem na ciência, daqueles não creem na vacina, até para proteger os outros. Porque o direito à vida está acima dessas liberdades de delirar”, sentenciou o prefeito.

    Até a última quarta-feira (5), 92,3% dos pacientes internados na rede SUS da capital não tinham o esquema vacinal completo. Sendo que 46% sequer receberam a primeira dose. Até o momento, aproximadamente 29.747 pessoas não tomaram nenhuma vacina contra a Covid-19, segundo dados do painel da prefeitura do Rio.

    Com relação à dose de reforço, o percentual de imunizados é considerado pelas autoridades de saúde muito baixo. Até o momento, 26% da população total estão com a terceira dose em dia. Em entrevista à CNN Rádio, o secretário de saúde, Daniel Soranz, disse que a cidade não tem cobertura suficiente da 3ª dose da vacina contra a Covid-19 para conter o avanço da variante Ômicron. Cerca de 800 mil cariocas já podem procurar os postos para tomar a dose de reforço.

    A comprovação do esquema vacinal completo é exigida no município desde o dia 1º de setembro de 2021. Mas no mês passado (2 de dezembro), um novo decreto ampliou a exigência do passaporte vacinal em locais e serviços como bares e restaurantes, por exemplo. Além disso, para frequentar boates e casas de espetáculo, salões de beleza, academias de ginástica e vilas olímpicas, estádio de futebol e museus e galerias de arte, também é necessária a apresentação do passaporte vacinal.

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