Diferença entre doses de vacinas distribuídas e aplicadas ultrapassa 18 milhões
Havia 37,8 milhões de doses distribuídas e 19,6 milhões de doses aplicadas, segundo dados oficiais levantados pela CNN

No dia seguinte ao Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 apontar problemas de notificação pelos estados quanto a doses de vacina aplicadas, o problema persistiu.
A diferença entre o que os estados vacinavam e entre o que informavam ao Ministério da Saúde era grande, segundo dados oficiais levantados pela CNN.
Havia 37,8 milhões de doses distribuídas e 19,6 milhões de doses aplicadas. O estado de São Paulo, por exemplo, havia informado ao Ministério da Saúde 5,8 milhões de doses aplicadas, mas no sistema do próprio governo paulista estavam lá 6,2 milhões de doses.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o coordenador do Forum de Governadores, Wellington Dias, conversaram hoje sobre isso. Há um consenso entre eles de que a saída é pela política.

O ministro disse que pretende qualificar esses dados e centralizar num banco de dados nacional único e confiável sob gestão da autoridade sanitária nacional. Welington Dias disse que um problema que precisa ser resolvido é que vários estados adotam diferentes bases de dados e têm diferentes sistemas de notificações. Além disso, ele explicou que a vacina enviada não necessariamente é diretamente aplicada, que leva um prazo entre a distribuição e a chegada, e que, além disso, têm reservas para a segunda dose, têm reservas de emergência.
O governo de São Paulo disse que o sistema paulista é atualizado de 15 em 15 minutos e, por isso, há diferença em relação aos dados do governo federal.