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    Diabetes tipo 1 e 2: especialistas explicam as diferenças e principais sintomas

    Tema será debatido no "CNN Sinais Vitais - Dr. Kalil Entrevista" de sábado (6), às 19h30, na CNN Brasil

    Gabriela Maraccinida CNN

    O diabetes atinge cerca de 537 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da décima edição do Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), divulgados em 2023. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as taxas crescentes de obesidade, má alimentação e sedentarismo fizeram triplicar o número de adultos que vivem com diabetes nas Américas.

    Para falar sobre o tema, o “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista” deste sábado (6) recebe os endocrinologistas Márcio Mancini, chefe do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, e Simão Lottenberg, do Grupo Médico de Assistência de Obesidade, Diabetes e Risco Cardiometabólico do Hospital Albert Einstein. Durante o programa, comandando pelo Dr. Roberto Kalil, os especialistas explicam as principais diferentes entre diabetes tipo 1 e 2.

    “No diabetes tipo 1, existe a falta de produção da insulina, que é o hormônio responsável por todo o controle do metabolismo energético. A origem é autoimune: anticorpos atacam as células do pâncreas que produzem insulina e ocorre uma inibição progressiva e total da produção desse hormônio”, explica Lottenberg.

    Segundo o endocrinologista, o diabetes tipo 1 ocorre fundamentalmente na infância e na adolescência, mas há casos mais raros em que aparece na idade adulta. Já o tipo 2, normalmente, é um efeito secundário de outras condições de saúde, como a obesidade.

    “Nela, o indivíduo produz a insulina, mas não o suficiente para exercer todas as suas funções no organismo”, esclarece Mancini. “É mais comum no adulto, mas com a epidemia de obesidade, adolescentes estão começando a desenvolver diabetes tipo 2, e que algumas vezes precisa de insulina também”, completa.

    Além do tipo 1 e 2, existem, ainda, diabetes gestacional e o pré-diabetes. O primeiro caso ocorre na gestação e costuma desaparecer após o parto, mas aumenta o risco de a mulher desenvolver a doença de forma definitiva no futuro. Já o pré-diabetes é um estágio que antecede o diabetes tipo 2 e é caracterizado pelo aumento da glicemia, mas ainda não a ponto de caracterizar a doença.

    “São indivíduos que têm maior propensão, que nesta fase já podem ter um aumento do seu risco cardiovascular, e que precisam ser identificados para prevenção da doença”, afirma Lottenberg. Em termos médicos, isso significa que quando a glicose está entre 100 e 125, ou quando a hemoglobina glicada fica entre 5,7 e 6,4 há um quadro de pré-diabetes. Por isso, é tão importante fazer exames regulares, segundo os especialistas.

    Diferenças nos sintomas e nos tratamentos

    As diferenças entre o diabetes tipo 1 e 2 também podem ser observadas nos sintomas e nas formas de tratamento. Nos dois casos, há aumento na vontade de urinar e mais sede, por exemplo. Mas enquanto no diabetes tipo 1 eles aparecem de repente, no tipo 2 eles são mais sutis.

    “Ele pode não desenvolver sintomas quando está no início. O paciente não percebe que está urinando um pouco a mais, que está com um pouco mais de sede, não é um início abrupto. Por isso que se estima que quase metade dos diabéticos não têm o diagnóstico. Eles são diabéticos e não sabem que têm diabetes”, explica Mancini.

    Segundo os médicos, os tratamentos variam conforme o tipo e a gravidade, mas o uso de medicamentos como o Ozempic trouxe benefícios. “[As canetas emagrecedoras] ajudam a prevenir as complicações do diabetes, especialmente porque têm um impacto significativo na obesidade”, diz o endocrinologista.

    No entanto, os especialistas alertam para o uso indiscriminado desses medicamentos. “A questão é que as pessoas estudadas no tratamento da obesidade tinham entre 100 e 110 quilos, em média. E hoje, pessoas com 60 quilos compram remédio na farmácia para perder 5 quilos”, afirma Mancini.

    A depender do caso, a cirurgia bariátrica também pode ser indicada, principalmente quando há obesidade associada ao diabetes. No entanto, é importante conscientizar as pessoas de que não há cura para a doença e, sim, controle.

    “Um problema que acontece é que a pessoa tem a sua glicose normalizada, entra em remissão e, na cabeça dela, ela não é mais diabética. E, depois de dois ou três anos, se ela não fizer exames periodicamente, ela pode voltar a ter a glicose alterada e não descobrir”, afirma Mancini.

    O programa CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista vai ao ar no sábado (6), às 19h30, na CNN Brasil.

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