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    Descubra os benefícios do chocolate para o funcionamento do cérebro

    No Dia Mundial do Chocolate (07 de julho), conheça um estudo que revela como a substância ajuda na oxigenação do sangue e pode melhorar habilidades cognitivas

    Análise por Mari Rodríguez Ichaso

    Os maias e astecas eram os povos mais sábios? Teria sido a descoberta do chocolate sua grande arma e o segredo da sabedoria de suas civilizações?

    Lendo e lendo neste momento da pandemia de Covid-19, quando o isolamento nos obcecou com o prazer de comer (e comer e comer!), fico feliz em saber que um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, fornece evidências de que o cacau é rico em flavonóides e melhora nossas habilidades cognitivas.

    No estudo, pessoas que ingeriram cacau mostraram mais velocidade e precisão ao completar uma série de testes, em comparação com aqueles que não tomaram a bebida enriquecida com flavonóides.

    O estudo foi conduzido com 18 homens saudáveis e, pelo menos temporariamente, seus níveis de oxigenação estiveram melhores do que os do outro grupo. A razão está nos flavonóides contidos no cacau. 

    Os flavonóides – cujo benefício para o sistema cardiovascular está comprovado – são compostos que encontramos em grande quantidade nos grãos de cacau. Esses compostos naturais, que também estão presentes em plantas e alimentos de origem vegetal (leguminosas, algumas frutas como maçãs e uvas, etc.), têm um papel funcional, auxiliando a planta e protegendo contra doenças.

    Existem várias evidências científicas que mostram que o consumo regular de frutas e vegetais com grande quantidade de flavonóides reduz o risco de doenças cardíacas e degenerativas. Alimentos como chá, amendoim e vinho tinto também contêm a substância. Uma vez que ajudam o corpo a ter mais oxigênio no sangue, o cérebro funciona melhor e com mais clareza.

    “Nossos resultados mostraram um benefício claro para os participantes que tomaram a bebida enriquecida com flavonol, mas apenas quando a tarefa se tornou muito complicada”, explica a autora do estudo, Catarina Rendeiro, da Faculdade de Ciências do Esporte, Exercício e Reabilitação da Universidade de Birmingham.

    Saber isso não só me ajuda a saborear melhor e com mais frequência aquela xícara de chocolate quente, mas também a comer com prazer aqueles pedacinhos de puro chocolate e saborear aquelas barras ricas em flavonóides – que, além disso, segundo estudos científicos, também são antioxidantes e anti-inflamatórios.

    Nas culturas Olmeca, Maia e Asteca, o chocolate era consumido como uma bebida de cacau, quente ou fria, misturada com pimenta e outros ingredientes. Em várias inscrições, aprendemos até receitas em que o cacau era usado como moeda de troca, e diz-se que Moctezuma II o usava como afrodisíaco.

    A história de como o chocolate chegou até nós tem diferentes versões. Mas o mais certo é que foi o conquistador espanhol Hernán Cortés – que o conheceu na corte asteca de Montezuma – que o levou à corte dos reis de Espanha nos anos 1500. Depois de chegar à Europa e provar aquela iguaria, o mundo nunca mais foi o mesmo.

    E eu quero aplaudir uma comida deliciosa, que não é pecaminosa, mas sim muito benéfica (em suas devidas proporções). Enfim, uma (comprovada) boa tentação.

    (Texto traduzido. Leia o original, em espanhol)