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    Deixar crianças de fora da vacinação é inimaginável, diz pediatra

    Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, foi uma das convidadas que participou da audiência pública para discutir imunização infantil

    Vinícius TadeuProduzido por Elis Francoda CNN , São Paulo

    A pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, foi uma das convidadas a participar da audiência pública realizada pelo Ministério da Saúde para discutir a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Em entrevista à CNN nesta terça-feira (4), a médica reforçou sua posição de que a imunização infantil é algo fundamental neste momento.

    “Deixar as crianças de fora da vacinação é inimaginável. Doenças que a gente tanto teme e continuam sendo importantes matavam menos do que a Covid-19 está matando crianças e adolescentes no Brasil e no mundo”, disse a médica.

    A pediatra comentou que na audiência pública, realizada em Brasília, alguns médicos apresentaram dados “que não existem” e tentaram mostrar “uma confusão de relações que a ciência não mostra”. Ballalai considerou que por muitas vezes houve uma “situação desconfortável para todos”.

    Ballalai alertou para o avanço da variante Ômicron, e afirmou que a vacinação é fundamental para combater a cepa da Covid-19. Segundo ela, a imunidade natural, de quem já foi contaminado pelo coronavírus, é menor e não protege contra as variantes do vírus. “Com a vacina, conseguimos ter esse controle”, considerou.

    A médica reforçou que “os casos graves e hospitalizações pela Ômicron, na grande maioria, são em pessoas não vacinadas”.

    Embora não provoque um número grande de hospitalizações e casos graves, de acordo com a vice-presidente da SBIm, a Ômicron é mais transmissível e os casos estão aumentando cada vez mais. Nas crianças, os sintomas causados pela variante são os mesmos, sendo que os mais preocupantes são falta de ar e cansaço.

    Segundo a médica, a vacina se mostrou segura e eficaz após passar por diversas fases diferentes de testes e por ter sido licenciada por agências reguladoras de todo o mundo.

    A pediatra ainda alertou que, caso as medidas necessárias não sejam tomadas, devemos ter um maior número de infecções em crianças no país com a volta às aulas. De acordo com Ballalai, os cuidados para evitar a contaminação devem ser mantidos. “Com a Ômicron o risco de transmissão é muito elevado, continua sendo muito importante o uso de máscaras e distanciamento social”, reforçou.

    A vice-presidente da SBIm disse ser contra o relaxamento nos protocolos escolares em 2022, pois, segundo ela, isso faria com que cada vez mais alunos ficassem afastados das escolas por terem sido infectados.

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