Dados indicam eficácia e segurança da Coronavac em crianças, diz gerente da Anvisa
Nesta quinta-feira (20), Anvisa autorizou o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos
Nesta quinta-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos – com restrição da aplicação em imunossuprimidos dessa faixa etária. Em entrevista à CNN, o gerente geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, falou sobre o processo para aprovação do imunizante.
A decisão se deu após avaliação técnica do segundo pedido do Instituto Butantan, submetido no dia 15 de dezembro. Gustavo Mendes destacou que o pedido trouxe novas informações, principalmente referente a um estudo conduzido no Chile.
O pedido feito pelo Butantan contemplava a faixa de 3 a 17 anos. Porém, a Anvisa indicou lacunas nos estudos de efetividade e segurança para a população de 3 a 5 anos e em imunossuprimidos.
“É claro que é um estudo que tem algumas limitações, e foi por isso que a gente levou todo esse tempo em várias reuniões com o Instituto Butantan para verificar a eficácia e segurança. É possível recomendar para crianças acima de 6 anos, abaixo disso os dados ainda são precários”, afirmou.
Gustavo Mendes ressaltou que, quando houver mais dados disponíveis, a agência poderá avaliar a ampliação da faixa etária para 3 a 5 anos. Entretanto, será necessário emitir um novo pedido, uma vez que a decisão para o público de 6 a 17 anos está encerrada.
“Se falamos para crianças de 3 a 6, 6 a 12, cada faixa etária tem sua especifidade e precisa de estudos específicos. Cada faixa etária precisa de critérios e estudos bastante delimitados para a gente chegar à conclusão”, explicou.
À CNN, o gerente da Anvisa reiterou a eficácia do imunizante da Coronavac para crianças, afirmando que os estudos consideraram os níveis de segurança.
“A aprovação que fizemos para a Coronavac foi baseada em dados que buscam avaliar a segurança, nos preocupamos em ter certeza que as reações adversas fossem leves e não trouxessem impacto e preocupação. E nos preocupamos em avaliar o indicativo de eficácia, é preciso que a vacina proteja e foi o que os estudos indicaram”, afirmou Mendes.