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    Crise da COVID-19 está piorando nos lugares onde já era grave, diz ministro

    Secretário de Vigilância em Saúde Wanderson de Oliveira diz que São Paulo pode ter maior 'intensidade' de disseminação 'nas próximas semanas'

    Guilherme Venaglia, , da CNN, em São Paulo

    A pandemia do novo coronavírus está ficando mais grave e mais concentrada no Brasil, segundo o ministro da Saúde, Nelson Teich. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), Teich afirmou que após o país registrar um novo número recorde de novos casos e mortes em 24 horas, é possível dizer que há um “quadro de piora”.

    Com 474 novas mortes confirmadas no período, o Brasil chegou a 5.017 óbitos decorrentes da COVID-19. O número é maior do que o reportado pela China, epicentro da pandemia do novo coronavírus.

    “Alguns dias atrás eu coloquei que poderia ser um acúmulo de casos de dias anteriores, que poderiam ter sido simplesmente resgatados, mas, como temos uma manutenção desses números elevados e crescentes, temos que abordar isso como uma curva que vem crescendo com o agravamento da situação”, disse o ministro.

    Na avaliação do governo, não se trata de um agravamento em todas as regiões do país, mas sim de uma piora nos estados e municípios que vinham se apresentando como focos da doença. “Hoje a gente vê nesses lugares onde a crise é maior como um quadro de piora”, disse, citando cidades como Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

    O ministro da Saúde, Nelson Teich, manteve a argumentação de que a situação grave em alguns estados não obriga o tratamento igual para todo o país, tendo defendido ontem que parte das regiões possam flexibilizar medidas de isolamento

    Chama a atenção o fato de que o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, afirmou que “nas próximas semanas, pode ter uma intensidade maior na região metropolitana” da cidade de São Paulo.

    No dia 11 de maio está previsto o início da flexibilização das medidas de isolamento, a ser adotada pelo governador João Doria (PSDB). O abrandamento da quarentena já estava ameaçado no estado após o registro de um número recorde de mortes e alta ocupação dos leitos de UTI disponíveis.

    De acordo com Oliveira, das 474 mortes reportadas nesta terça-feira, 333 estão concentradas em apenas seis estados: São Paulo (185), Rio de Janeiro (74), Amazonas (32), Pernambuco (24) e Ceará (19). Os números dizem respeito ao que havia sido registrado até as 14h, horário em que o boletim é consolidado, e podem ter sido já atualizados pelas secretarias estaduais.

    O secretário também afirmou que destas 474 mortes, um total de 146 aconteceu nos últimos três dias, com as demais divididas em outros dias. Na segunda, o Ministério da Saúde informou que mortes por COVID-19 chegam a levar mais de um mês para serem reportadas nos sistemas da pasta.

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