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    Crianças não estão sendo cobaias com vacinação, diz especialista

    Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Pediatria, reforçou que as vacinas infantis são seguras e que estes produtos não são mais experimentais

    Layane SerranoTiago Tortellada CNN

    As vacinas para crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 são submetidas aos mesmos testes e rigor do que os imunizantes para adultos, e são seguras eficazes, segundo o representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileria de Pediatria (SBP), Renato Kfouri.

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (6), o médico explicou que a vacinação mundial já mostra que estes produtos não estãos mais na fase de estudos clínicos.

    Kfouri ressaltou a importância de vacinar este grupo contra a Covid-19 e outras doenças, pois a imunização não é apenas para prevenção de mortes, pois, além de induzir uma imunidade mais duradoura e robusta, é uma ferramenta para evitar o sofrimento das pessoas por doenças evitáveis.

    “Não se admite perder uma criança por uma doença prevenível. Não há nada pior para um pediatra que perder uma criança por uma doença evitável”, afirmou.

    As primeiras doses de vacinas infantis da Pfizer começam a chegar ao Brasil na semana do dia 10 de janeiro. Serão 20 milhões de doses entregues pela farmacêutica até o fim do primeiro trimestre de 2022.

    O pediatra reforça que a vacina de RNA é segura tanto para crianças quanto para os adultos, e que o intervalo de dois meses entre as doses é preferível, pois o sistema imunológico se prepara melhor para a segunda aplicação e consegue criar proteção mais forte contra a doença.

    Além disso, entendendo a logística do Brasil e o cronograma de entregas, é o período necessário para que as próximas doses cheguem e estejam prontas para completar a imunização das crianças.

    Kfouri também comentou sobre a possibilidade de se oferecer a Coronavac para essa faixa etária. Segundo o médico, essa é uma vacina que utiliza o mesmo “princípio ativo” de outros imunizantes já utilizados nas crianças, que é o vírus inativado ou morto, e que poderia auxiliar no calendário de vacinação. A exigência da complementação de documentos por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com ele, mostra a “seriedade da instituição”.

    Por fim, Renato Kfouri disse que a volta às aulas deve ser repensada, devido ao grande número de infecções.

    “Não adianta ver apenas a taxa de vacinação, mas a de transmissão”, afirmou. “Não acho razoável termos carnaval, cruzeiros e estádios cheios de torcida de futebol. É um passo para trás na flexibilização, mas quando flexibilizávamos sempre era com a ressalva de que se piorasse teríamos que retroceder. E esse é um momento de retrocesso”.