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    Crianças desenvolvem mais anticorpos com dose menor, diz especialista

    Capacidade de resposta das crianças implica necessidade de uma quantidade menor do imunizante, afirmou Rosana Richtmann, infectologista e membro da SBI, à CNN

    Raphael CoracciniLudmila CandalDuda Cambraiada CNN , Em São Paulo

    A vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa, é capaz de oferecer uma quantidade suficiente de anticorpos, mesmo com uma quantidade do imunizante muito menor que a da vacina aplicada em adultos.

    A explicação é de Rosana Richtmann, infectologista do instituto de Infectologia Emilio Ribas e do Grupo Santa Joana e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, que falou à CNN nesta sexta-feira (17).

    A especialista afirma que as crianças têm uma capacidade de resposta maior ao imunizante e, por isso, precisam de uma quantidade menor da vacina que os adultos.

    “A vacina tem um terço da dose (do imunizante dos adultos). Essa dose menor numa população que responde melhor à vacina é suficiente para produzir uma quantidade até maior de anticorpos”, diz a especialista.

    Ela ressalta que a aprovação do imunizante passou pelas três fases e que não foram observados efeitos adversos graves, o que o torna seguro.

    E o mais importante, segundo a especialista, o imunizante vai reduzir os quadros de Covid grave, que também podem acometer as crianças. “As crianças também têm Covid prolongada e podem ter sequelas”, lembra Rosana.

    A vacina da Pfizer deve ser acompanhada, em breve, de outros imunizantes exclusivos para os pequenos para acelerar a vacinação desse grupo. “É uma questão de tempo para a gente vacinar todas as crianças”, avalia.

    Agora aprovada pela Anvisa, a vacina pode ser adquirida pelo Ministério da Saúde e distribuída à população, mas ainda não há previsão de compra nem data para a vacinação deve começar.

    O intervalo para vacinação com segunda dose é de 21 dias, explica a infectologista, mas, segundo Rosana, essas datas ainda podem ser revisadas, assim como foram as das vacinas para adultos.

    “Os dados que temos até agora diz que precisamos de duas doses, e o intervalo é de 21 dias, mas vai precisar ser feita uma revisão”, diz.

    Segundo a representante da SBI, o Brasil perdeu 2.500 crianças e adolescentes abaixo dos 18 anos para a Covid, doença que mais matou crianças no Brasil entre as enfermidades que poderiam ser atacadas por vacinas.

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