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    Retrospectiva 2022

    Covid em 2022: queda de mortes, aumento de casos, autotestes e descobertas

    Ano em que o Brasil avançou na vacinação, diminuiu as medidas restritivas e retomou – na medida do possível – a "vida normal"

    Da CNN , em São Paulo

    Em 2022, o comportamento social atingiu o patamar mais próximo da normalidade após dois anos da pandemia de Covid-19, milhares de mortes e perdas irreparáveis.

    Ainda que o vírus continue circulando, a taxa de morte caiu consideravelmente no Brasil (83,2% no primeiro semestre), a vacinação avançou no país, medidas de prevenção, como o uso de máscaras, deixaram de ser obrigatórias e novas descobertas sobre a doença foram feitas.

    Relembre as principais notícias sobre a Covid-19 no Brasil em 2022.

    Retrospectiva

    • Janeiro

    Em janeiro, o Brasil ainda enfrentava a onda da variante Ômicron, que alcançou seu pico. O país registrou a maior média móvel até então, ultrapassou 224 mil casos diários pela primeira vez e realizou mais de um milhão de testes no mês.

    Apesar do aumento de casos, houve uma queda na taxa de letalidade pela por Covid-19. Diversos estudos apontaram que tratavam-se de casos menos graves.

    Além disso, à época, grande parcela da população já havia tomado ao menos uma dose da vacina contra a doença, contribuindo para a proteção contra a infecção.

    Completou-se um ano de vacinação contra a Covid-19 e, no dia 14 de janeiro, a primeira criança foi vacinada no Brasil.

    No fim do mês, os autotestes de Covid-19 foram liberados pela Anvisa.

    • Fevereiro

    Ainda no início de fevereiro, o Brasil registrou quatro milhões de casos somente em 2022.

    O Senado Federal inaugurou um memorial em homenagem às vítimas da Covid-19. A obra composta por 27 prismas iluminados internamente representa cada uma das unidades da federação.

    Entre as novidades e avanços no mês, a Fiocruz disponibilizou para o Ministério da Saúde as primeiras doses da vacina produzidas com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) 100% nacional. Além disso, os autotestes começaram a ser comercializados.

    Mesmo com o avanço da vacinação e queda da média movel de óbitos, os desfiles de Carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro previstos para o fim de fevereiro foram adiados para abril por causa da Covid-19.

    • Março

    Após quase dois anos do uso obrigatório de máscaras ter sido decretado, o uso da proteção facial foi flexibilizado na maior parte do país em lugares abertos e, em alguns lugares, em locais fechados.

    Em março, começou a aplicação da 4ª dose no público geral.

    Pela primeira vez desde julho de 2020, quando a Fiocruz passou a monitorar as taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS), todos os estados e o Distrito Federal estavam com taxas inferiores a 60% de ocupação.

    No fim do mês, a Anvisa aprovou a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir) para tratamento da Covid-19.

    • Abril

    Abril começou com queda de casos e menor registro desde 2 de janeiro. Com isso, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório em todos os estados brasileiros.

    A Fiocruz divulgou um boletim apontando que a “terceira onda” da epidemia da Covid-19 estava em fase de extinção. Pela primeira vez, desde maio de 2020, nenhum estado brasileiro registrou mais de 0,3 óbitos por 100 mil habitantes.

    No dia 17 de abril, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu encerrar a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) por Covid-19 no Brasil. A portaria foi assinada no dia 22.

    No Rio de Janeiro, a obrigatoriedade do passaporte vacinal foi suspensa.

    Em dois meses da utilização de autotestes contra Covid-19 no Brasil, uma pesquisa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrou que 88% dos exames deram negativo entre março e abril.

    • Maio

    O mês de maio de 2022 foi o período em que o Brasil registrou menos mortes por Covid-19 até então, desde o início da pandemia, em março de 2020.

    São Paulo desobrigou a exigência do passaporte da vacina para acesso em estabelecimentos da capital. Além disso, a prefeitura revogou ainda dois incisos do decreto municipal que obrigava o uso de máscara para motoristas e passageiros de táxis e por carros de aplicativo.

    A partir de 22 de maio, o serviço de alimentação a bordo foi retomado, além da permissão para a retirada de máscara para alimentação, e o retorno do uso da capacidade máxima para transporte de passageiros nos espaços internos dos aeroportos.

    Depois de quase três meses de estabilidade, a taxa de transmissão do coronavírus voltou a indicar um novo crescimento da doença no país. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) mostrou que a taxa de positividade aumentou de 10,2% para 28,8% em apenas 30 dias.

    Apesar da alta, o infectologista Robson Reis, professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), considerou que o aumento não se tratava de um impacto significativo no combate ao coronavírus, por conta da sazonalidade do vírus somado à flexibilização das medidas de restrição.

    • Junho

    Com aumento de casos, diversas cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, voltaram a recomendar o uso de máscaras em locais fechados. Após quase três meses, a média móvel de mortes de Covid ficou acima de 200 por mais de um dia.

    • Julho

    Julho teve um aumento significativo de mortes por Covid-19, comparado com os meses anteriores. A média móvel ficou acima de 200 quase o mês inteiro.

    Mesmo assim, milhares de crianças retornaram presencialmente às escolas no fim do mês.

    • Agosto

    Em agosto, o uso de máscaras de proteção facial deixou de ser obrigatório em aeroportos e aeronaves no Brasil.

    Entre as descobertas do ano, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais constatou que a vitamina B12 regula processos inflamatórios que, durante a infecção pelo coronavírus, se encontram desregulados e levam ao agravamento da Covid-19.

    • Setembro

    A prefeitura do Rio de Janeiro criou um dia para celebrar o fim das restrições contra a Covid-19. O dia escolhido foi 2 de setembro e foi nomeado como o “Dia do Reencontro”.

    O governo do estado e a prefeitura de São Paulo liberaram o uso de máscaras de proteção facial nos meios de transporte coletivo. O uso em metrô, ônibus e trens se tornou opcional e recomendado, segundo o governo. A flexibilização mudou uma regra que estava em vigor desde maio de 2020.

    Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “deu uma aloprada” e “perdeu a linha” ao fazer declarações polêmicas no início da pandemia. Ele ainda citou que retiraria a frase de que ‘não era coveiro’, dita a jornalistas quando foi questionado sobre as mortes por Covid-19 em abril de 2020.

    O governo federal alterou as regras para entrada de viajantes no Brasil, devido à pandemia. A partir do dia 12, os viajantes puderam optar por apresentar o comprovante de vacinação ou o teste negativo para entrada no Brasil, incluindo não vacinados.

    Anteriormente, a regra geral para entrada no país incluía a vacinação contra a doença, sendo a apresentação de teste negativo válida como substituição ao comprovante vacinal apenas em casos específicos, como pessoas com laudo de contraindicação ou aquelas não aptas à imunização devido à idade.

    Entre agosto e setembro, o país registrou o melhor cenário epidemiológico no país desde o início do pandemia.

    • Outubro

    Em outubro, a Anvisa autorizou a ampliação do prazo de validade da vacina da Pfizer. Segundo o órgão, o prazo passou a ser de 15 meses para o imunizante destinado a adultos, que é identificado com a tampa roxa.

    A Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico) inaugurou um memorial na Avenida Paulista, em São Paulo, em homenagem aos quase 700 mil mortos pelo coronavírus no Brasil.

    • Novembro

    Em novembro, foi identificada uma nova subvariante, BQ.1, que mostrou uma vantagem de crescimento significativa sobre outras sublinhagens da Ômicron circulantes em muitos locais.

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo às mais de 69 milhões de pessoas que não haviam tomado a primeira dose de reforço pela adesão à vacina.

    A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde voltou a recomendar a utilização de máscaras devido ao avanço da doença, principalmente pela circulação da sublinhagem BQ.1.

    Pelo menos cinco universidades públicas do Brasil voltaram a obrigar o uso de máscara nos campi após o aumento no número de casos. Além disso, pelo menos 10 instituições estaduais e federais passaram a recomendar a utilização do item de proteção nas dependências de estudo.

    O virologista e pesquisador da Fiocruz Felipe Naveca apontou que as recentes variantes descobertas mostram maior transmissibilidade, mas não mortalidade.

    A Anvisa aprovou a venda do Paxlovid, um medicamento para tratamento da Covid-19 para adultos, em farmácias e hospitais particulares. A compra passou a ser feita com receita. Além disso, aprovou o uso pediátrico do Remdesivir contra a doença.

    Ainda em novembro, a Anvisa decidiu pelo retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões. O uso também voltou a ser obrigatório nos transportes públicos de São Paulo.

    • Dezembro

    Em dezembro, a Anvisa aprovou a aplicação do reforço da vacina da Pfizer em crianças e adolescentes.

    Além disso, a Agência se reuniu com o Butantan para avaliar o desenvolvimento de uma vacina trivalente. A ideia é que o imunizante apresente maior efetividade não somente contra a variante original do coronavírus, como também contra a Delta e a Ômicron.

    Ao longo do mês, o Brasil observou um aumento no número de casos da doença.

    O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia Alexandre Naime Barbosa projetou uma alta de infecções no país nas primeiras semanas de janeiro.

    (Publicado por Marina Toledo, da CNN)

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