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    Covid-19: variante Ômicron é predominante e continua evoluindo, afirma OMS

    OMS atualizou seu sistema de rastreamento e definições para variantes do SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou o monitoramento do coronavírus nesta semana. Os dados apontam que a variante Ômicron se tornou predominante no mundo e está presente em 98% das sequencias genéticas.

    Além disso, segundo a OMS, o vírus continua evoluindo. Nesse contexto, a OMS atualizou seu sistema de rastreamento e definições para variantes do SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, para melhor corresponder ao atual cenário global, para avaliar independentemente sublinhagens da Ômicron em circulação e classificar novas variantes com mais clareza.

    Desde o início da pandemia, múltiplas variantes de preocupação e variantes de interesse foram designadas pela OMS com base em seu potencial avaliado de expansão e substituição de variantes anteriores, por causar novas ondas com aumento da circulação, e pela necessidade de ajustes nas ações de saúde pública.

    São três classificações “variantes de preocupação”, “variantes de interesse” e “sob monitoramento”. A classificação das “variantes de preocupação” reúne as linhagens do novo coronavírus que apresentam alterações que podem afetar as propriedades do vírus, com uma ou mais implicações, incluindo o aumento da capacidade de transmissão ou da gravidade da doença, além de impactos para a eficácia das vacinas, medicamentos e métodos de diagnóstico.

    Mudanças

    Com base evidências de estudos clínicos e epidemiológicos, há consenso entre os especialistas do Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 que, em comparação com as variantes anteriores, a Ômicron representa a variante de preocupação mais divergente vista até o momento.

    Desde o seu surgimento, as linhagens da Ômicron continuaram a evoluir geneticamente com uma gama crescente de sublinhagens, que até agora foram todas caracterizadas por propriedades de evasão da imunidade da população existente e uma preferência para infectar o trato respiratório superior, em vez do trato respiratório inferior, em comparação com outras variantes como Alfa, Beta, Gama e Delta.

    De acordo com a OMS, a Ômicron representa mais de 98% das sequências publicamente disponíveis desde fevereiro de 2022. A estrutura genética da Ômicron é a base mais provável a partir da qual novas variações do vírus podem surgir. No entanto, o surgimento de variantes completamente novas ou derivadas de outras linhagens não está descartada.

    O sistema anterior da OMS classificava todas as sublinhagens Ômicron como parte da variante de preocupação principal. O que poderia deixar passar informações mais específicas de cada sublinhagem.

    Pensando nisso, a partir de 15 de março, o sistema de rastreamento de variantes da OMS passou a considerar a classificação de sublinhagens Ômicron de maneira independente, podendo ser classificadas como um dos três critérios como variantes sob monitoramento, de interesse ou de preocupação.

    O objetivo é mapear avanços evolucionários do coronavírus que necessitem de intervenções de saúde pública. A análise da OMS enfatiza que este tipo de monitoramento serve para melhor identificar potenciais ameaças.

    De acordo com a última atualização da OMS, foram confirmados mais de 760 milhões casos da doença e cerca de 6,8 milhões mortes acumuladas. Mais de 13 bilhões de doses de vacinas foram administradas até o momento no mundo.

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