COVID-19: OMS utilizará aviões para distribuir material de proteção a países
A operação vai custar US$ 280 milhões e a entidade está pedindo doações para concretizar a força-tarefa


Em pronunciamento nesta sexta-feira (10), Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmou que a entidade utilizará aviões, entre eles oito da ONU, para entregar material de proteção para equipes de saúde em países com maior necessidade. A operação vai custar US$ 280 milhões e a entidade está pedindo doações para concretizar a força-tarefa.
Ele explica que alguns países têm reportado até 10% de contaminação entre profissionais de saúde, números que preocupam. Afirmou que há evidências de que a utilização correta do material de proteção pode ser suficiente para impedir o avanço do contágio neste segmento, por isso a importância de levar estes equipamentos até áreas de maior risco.
Adhanom também se mostrou preocupado com o avanço da COVID-19 na África, afirmando que já há casos de contágio comunitário em mais de 16 países do continente. Ele citou o exemplo para pregar cautela a países como Itália, França e Espanha que, ao verem seus números de contágio e mortes abaixarem, se mostram ansiosos para diminuir a severidade das restrições de circulação da população.
A OMS alerta que o movimento pode causar um “ressurgimento mortal” do vírus. “Nenhum país está imune. Nenhum país pode dizer, neste momento, que tem um sistema de saúde forte o bastante para lidar com o problema. Estamos vivendo essa fase do pânico porque este vírus invisível está nos atacando, mas precisamos fortalecer nossos sistemas de saúde”, diz.
Segundo divulgou a organização, um dos países que precisará rever suas medidas de distanciamento social é o Japão. Foram registrados três novos casos da COVID-19 sem rastreabilidade em Tóquio, o que aponta para uma possível transmissão comunitária, afirmou o diretor-executivo da organização Michael Ryan.
Paralelamente ao avanço do coronavírus no mundo e no continente africano, a entidade confirmou que a República Democrática do Congo voltou a registrar uma morte por ebola após seis semanas, o que adia o anúncio de que a doença estava erradicada na região.