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    Covid-19: 60% dos contaminados apresentaram sintomas, diz inquérito nacional

    Relatos mais recorrentes foram dor de cabeça (58%), alteração de olfato ou paladar (57%), febre (52,1%), tosse (47,7%) e dor no corpo (44,1%)

    Paula Forster, da CNN, em São Paulo



     

    Aproximadamente 60% das pessoas infectadas pelo novo coronavírus apresentaram algum tipo de sintoma, sendo que os mais recorrentes foram dor de cabeça (58%), alteração de olfato ou paladar (57%), febre (52,1%), tosse (47,7%) e dor no corpo (44,1%).

    A porcentagem faz parte do inquérito sorológico conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que tem como objetivo estimar a quantidade de brasileiros contaminados pelo vírus, mapeando por localização geográfica, condição econômica, gênero e idade; e também identificar o percentual de casos sintomáticos e assintomáticos.

     

    Paciente com Covid-19 é tratado em hospital no Rio de Janeiro
    Paciente com Covid-19 é tratado em hospital no Rio de Janeiro
    Foto: Ricardo Moraes – 2.jul.2020/Reuters

    Quatro etapas do estudo, que começou em maio de 2020, já foram concluídas, totalizando 100 mil pessoas testadas. Agora, a pesquisa chega à fase final, com participação de mais 149,2 mil indivíduos, e contando com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fapesp) e do Grupo Pardini, laboratório de medicina diagnóstica.

    Resultados preliminares já mostram que a pandemia se manifesta de forma diferente nas regiões do Brasil. A média da população da região Norte que teve Covid-19 é de 10%, enquanto no Sul, a média fica em torno de 1%. As divergências também são encontradas nos grupos com diferenças socioeconômicas: os 20% mais pobres apresentaram o dobro de chance de se contaminar em comparação aos 20% mais ricos. Entre os indígenas, o risco também é maior: cinco vezes mais probabilidade de contrair a doença do que entre os brancos.

     

    O inquérito, que inclui questionário com 15 perguntas e aplicação de testes sorológicos para identificar a presença dos anticorpos contra o SARS-CoV-2, mostra que já teve aumento no percentual de infecção da população como um todo: passou de 1,9%, na primeira fase, para 3,8%, na fase 4; enquanto o distanciamento social caiu, de 23,1% para 18,9%.

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