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    Covas diz que São Paulo fechará hospital de campanha do Pacaembu

    Segundo o prefeito de São Paulo, leitos criados para atendimento na pandemia estão com menos de 50% de ocupação há dez dias

    Bernardo Barbosa e Murillo Ferrari, da CNN em São Paulo

    O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse nesta sexta-feira (26) que a prefeitura vai fechar na segunda-feira (29) o hospital de campanha do Pacaembu, construído no estádio para atender pacientes de Covid-19 durante o período de pandemia.

    Covas fez o anúncio durante entrevista coletiva ao lado do governador paulista, João Doria (PSDB), quando o governo estadual divulgou que a capital e parte da região metropolitana poderão retomar, com restrições, o funcionamento de bares, restaurantes e salões de beleza. Covas informou que o município aguardará mais uma semana antes de permitir que esses setores retomem suas atividades.

    Segundo o prefeito, os 1.984 leitos que foram criados na cidade para o atendimento durante a pandemia estão com ocupação abaixo de 50% nos últimos dez dias.

    “É por isso que a prefeitura entende que chegou o momento de começar a fechar esses leitos, e vamos fechar na segunda-feira o hospital municipal de campanha do Pacaembu. Lá, temos 200 leitos, 16 de estabilização e 184 de baixa complexidade”, disse.

    Covas afirmou que a cidade tem 900 leitos no hospital de campanha do Anhembi para usar caso haja “qualquer mudança repentina da curva” de contágio da Covid-19.

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    O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, disse que o hospital do Pacaembu recebia quem saía das UTIs dos hospitais municipais, e ficava internado mais alguns dias até receber alta. Já o do Anhembi, disse ele, recebe pacientes que são testados e precisam ser internados.

    “Vamos dividir a função das duas alas instaladas no Anhembi. Uma delas continuará recebendo as pessoas da Atenção Básica, e uma outra ala vai receber as pessoas de UTI”, disse o secretário.

    Covas disse que o hospital de campanha do Pacaembu realizou quase 1.500 internações e teve 1,9 milhão de medicamentos aplicados pela farmácia. Segundo ele, o hospital “salvou 99,8% das pessoas que por lá passaram”. O custo final de investimento e operação ficará em R$ 23 milhões, declarou o prefeito.

    O prefeito destacou ainda que o Hospital Israelita Albert Einstein, organização que administrou o espaço, doará para a prefeitura todos os equipamentos usados no hospital de campanha.

    “O custo destes equipamentos [incluindo 15 ventiladores] é de R$ 7 milhões. Além da prefeitura ter gasto os R$ 23 milhões, está recebendo agora de doação R$ 7 milhões que vão ajudar a equipar ou melhorar os três hospitais municipais (São Miguel, Cidade Tiradentes e Itaquera)”, disse o prefeito.

    Segundo Covas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI da prefeitura é de 57%. O prefeito também disse que o inquérito sorológico conduzido na cidade mostra que 1,1 milhão de moradores da capital, cerca de 10% da população, já tiveram o novo coronavírus — ou seja, já estariam imunizados.

    (Com informações de Julyanne Jucá, da CNN em São Paulo)

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