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    Corrida por vacina contra Covid-19 não afeta qualidade, diz diretora da Pfizer

    Na terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou testes com duas variantes da vacina contra a Covid-19 da Pfizer e BioNtech

    A diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, explicou à CNN, nesta quarta-feira (22), o funcionamento das vacinas que estão sendo desenvolvidas pela farmacêutica em parceria com a BioNtech e disse que a corrida acelerada pela vacina mais eficaz contra a Covid-19 não afeta a qualidade das pesquisas ou o resultado.

    Márjori afirmou que a questão da distribuição está sendo discutida em colaboração com o governo brasileiro para que, caso a eficácia seja comprovada, a vacina seja “fornecida o mais rapidamente possível”. Segundo ela, a intenção é “disponibilizar essa vacina experimental para atender necessidades mundiais de saúde pública”.

    Na terça-feira (21), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou testes com duas variantes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria pelos laboratórios Pfizer, dos Estados Unidos, e BioNtech, da Alemanha.

    De acordo com a diretora da Pfizer, a decisão pela escolha do Brasil para a participação nos testes se baseou em fatores que incluem conhecimento científico, capacidade operacional dos centros de pesquisa nacionais e os dados epidemiológicos do novo coronavírus no país.

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    Para ela, a corrida pela vacina não afeta a qualidade das pesquisas para encontrar uma vacina em meio à pandemia que já contaminou mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.

    “O que está acontecendo é que as empresas estão se desafiando para acelerar os prazos, mas nunca perdendo de vista a qualidade e a segurança das pessoas que participam e do resultado final”, assegurou. “Estamos fazendo tudo o que é necessário para ter uma vacina com uma pesquisa clínica adequada e uma vacina que demonstre eficácia e segurança para ser aprovada pelas autoridades regulatórias”.

    A representante da Pfizer explicou que a vacina em desenvolvimento pela empresa não utiliza nenhum tipo de material biológico do vírus, mas uma composição sinteticamente desenvolvida com o chamado RNA mensageiro, que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas – no caso, as que geram a imunidade contra o novo coronavírus. 

    “Essa sequência de RNA ensina às nossas células a produzirem essa proteína, que, uma vez na circulação, induziria a resposta imune ao organismo com a produção de anticorpos”, detalhou. “A imunidade, representada por anticorpos, daria a capacidade do organismo de se defender quando em contato com o vírus real.”

    Os testes, que correspondem à fase 3 do estudo do imunizante, serão feitos com 5 mil voluntários, recrutados nos estados de São Paulo e da Bahia. No total, 29 mil pessoas participarão do estudo no mundo.

    Nesta quarta-feira (22), os Estados Unidos fecharam um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para comprar, ainda em 2020, 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

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