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    Correspondente Médico: Como a ‘saudade da aglomeração’ faz alguns se arriscarem?

    Saudades da aglomeração?

    A aglomeração sem máscara em bares, quando o país já registrava 63 mil mortes pela Covid-19, é um dos exemplos de conduta de risco observada durante a pandemia no Brasil – que matou, até agora, 84.082 pessoas, segundo o Ministério da Saúde.

    A edição desta sexta-feira (24) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, trouxe falou sobre a “saudade da aglomeração” e como ela faz com que as pessoas se arrisquem a retomar atividades não essenciais.

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    O neurocirurgião Fernando Gomes ressalta que essa “saudade” tem relação com o fato das pessoas “serem seres sociais”.

    “Durante o processo de contato, nós conseguimos acionar dois circuitos: o do olfato e o responsável pelo contato físico”, aponta ele.

    O primeiro mecanismo “entra direto para a área do prazern que é outra relacionada com a memória”. Já o segundo, “estimula a liberação de ocitocina, que é um neurotransmissor relacionado à formação de vínculos. Isso traduz para a gente uma sensação de bem-estar, aconchego, prazer e conexão entre as pessoas”, pontua.

    É por isso que, segundo ele, trata-se de um desafio trabalhar com a necessidade de mudar os comportamentos sociais do ser humano.

    “Sem contar que temos a memória de como era o nosso ‘velho normal”, acrescenta. “Uma pessoa que nunca foi ao show não vai ter saudade disso, mas quem tinha esse hábito tem vontade de voltar e experimentar aquela sensação”, exemplifica.

    Por fim, Gomes afirma que, para além das informações científicas, o instinto humano já ajuda a identificar quais atividades causam mais risco.

    “É uma outra informação, além da técnica. Se você acha que a atividade é mais divertida ou tem mais relevância, então há um risco maior”, conclui ele, que cita estádio e cultos como os locais de maior risco. 

    (Edição: Sinara Peixoto)

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