Correspondente Médico: Saiba mais sobre o câncer que vitimou o prefeito de SP
Neurocirurgião Fernando Gomes explica que terapias contra o câncer impedem que células saudáveis do corpo funcionem corretamente
Na edição desta segunda-feira (17) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explica sobre o câncer do ex-prefeito Bruno Covas, que morreu no domingo (16), e os motivos pelos quais os tratamentos deixam o corpo dos pacientes debilitados.
“O câncer consiste numa multiplicação inadequada de células que deveriam, simplesmente, ser renovadas e não se multiplicarem de forma desordenada. No caso do prefeito, o que ocorreu é que esta multiplicação inadequada ocorreu no esôfago e na transição do esôfago para o estômago.”
No caso de Covas, diz o médico, que a despeito do tratamento, houve o acometimento de outros órgãos, e a doença se espalhou para regiões como fígado, pulmão e ossos.
Gomes explica que a quimioterapia age diretamente na célula que está em multiplicação, de forma a bloquear este processo. O grande problema é que, com isso, acaba impedindo que células saudáveis do corpo funcionem corretamente.
“No próprio corpo físico muitas células, naturalmente, se dividem. Isso faz com que nosso corpo funcione de forma adequada. As células da própria mucosa, da pele, do cabelo e de outras regiões estão em um processo contínuo não doentio, não patológico e acabam sofrendo também”, diz o médico.