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    Correspondente Médico: Quais os efeitos da música no cérebro? 

    Os efeitos da música vão além dos estímulos da audição, já que a vibração sonora também interfere na mente

     

    Na edição desta sexta-feira (23) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocientista Fernando Gomes explica quais os efeitos da música no cérebro e no comportamento.

    De acordo com o médico, a música faz diferença no nosso cérebro. Esses efeitos, segundo ele, vão além dos estímulos da audição, já que a vibração sonora também interfere na mente.

    “A gente consegue perceber a vibração sonora que chega através até do próprio corpo, tanto que a gente observa isso quando vemos os instrumentos de percussão sendo executados”, comenta.

    Gomes frisa que a música é capaz de acionar vários pontos cerebrais. “Além de impactar no lobo temporal, onde esse impulso elétrico é transformado em som, as mais diversas áreas do cérebro são acionadas ao mesmo tempo”.

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    O neurocientista Fernando Gomes fala sobre música e cérebro
    O neurocientista Fernando Gomes fala sobre música e cérebro
    Foto: CNN Brasil (23.out.2020)

    “Se eu tenho o entendimento, por exemplo, de uma letra, o que acontece, principalmente, no hemisfério esquerdo cerebral, enquanto o direito vai entender a melodia, o ritmo. Ou seja, eles trabalham de uma forma sincrônia e extremamente poderosa”, acrescenta.

    Segundo ele, esse processo tão completo faz com que, mesmo esquecendo um trecho da canção ou da melodia, a mente consiga ter a memorização da música. Esse aspecto explica, por exemplo, como pessoas com alguma doença degenerativa, como Alzheimer, conseguem “repescar memórias por meio da música”.

    “A música acaba funcionando como uma farmácia natural da qual todo mundo deveria abusar, sem contraindicação”, recomenda Gomes.

    Para além disso, a música é capaz de algo que muitas pessoas já notaram: mudar o humor. Como exemplo, o médico cita as famigeradas músicas de academia. “Geralmente são de ritmos marcados que influenciam na frequência cardíaca e respiratória, e os funcionamentos dos músculos, que acabam entrando em sintonia com aquele processo natural”, descreve.

    (Edição: André Rigue)

     

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