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    Correspondente Médico: Por que ainda não existe uma vacina contra o HIV?

    Vírus ataca sistema de defesa do organismo

    O FDA (Food and Drugs Administration), equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos Estados Unidos, aprovou neste mês testes em humanos para o que pode vir a ser uma possível cura do HIV. A empresa responsável é a American Gene Technologies (AGT), que conduzirá seu estudo de fase 1 em centros clínicos na área de Baltimore, DC. 

    Por muitos anos, os pesquisadores trabalharam para criar uma vacina contra o HIV que desencadeasse a imunidade natural. Infelizmente, esse esforço ainda não foi bem-sucedido. A pesquisa desenvolvida pelos americanos pode mudar este status na busca pela cura da doença. 

    Na edição desta quinta-feira (27) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é a doença e porque é difícil encontrar a cura para o HIV, causador da Aids. “Este é um vírus extremamente desafiador e estamos falando de um tema que vem preocupando a humanidade há bastante tempo”, iniciou. 

    “Portanto, ele sendo um vírus que acaba atacando os mecanismos de defesa natural do organismo, é muito desafiador a criação de um tratamento definitivo. Assim como também é desafiador a criação de medicamentos que sejam necessários para o controle da carga viral e para o próprio sistema imunológico do paciente”, acrescenta.

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    Fernando Gomes
    Correspondente Médico: Por que ainda não existe uma vacina contra o HIV?
    Foto: Reprodução/CNN (27.ago.2020)

    Ao entrar no corpo humano, o HIV ataca as células “T”, relacionadas ao sistema de defesa, comprometendo a imunidade do indivíduo. De acordo com o médico, o que a pesquisa americana traz de novidade seria o tratamento em uma dose única do medicamento, unindo a questão genética e fortalecendo as células T.

    O AGT103-T é o nome dado à terapia genética americana que pretende eliminar o HIV. A sua função seria reparar os danos ao sistema imunológico e auxiliando as respostas naturais do corpo para controlar o vírus. “A grande vantagem deste processo é que, o indivíduo que tem uma vida muito boa, não vai precisar tomar remédio para sempre. Sendo assim, não precisará de remédio para controlar a doença crônica”, completou o médico.

    “É um caminho delicado e difícil, dependendo da característica do vírus e o que ele acomete do corpo da pessoa, a criação de uma vacina pode demandar anos”, finaliza.

    (Edição: André Rigue)

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