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    Correspondente Médico: O que é a síndrome que acomete crianças com Covid-19?

    Até julho, foram registrados 71 casos do tipo no Brasil

    O Brasil começou a registrar casos de uma síndrome rara que atinge crianças infectadas com Covid-19. De acordo os relatos, os pacientes têm apresentado manchas pelo corpo, olhos vermelhos, barriga inchada e febre, entre outros sintomas. Em maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu nota de alerta sobre a recém-descrita como Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (SMIP).

    O Ministério da Saúde informou que está monitorando e disse estar em diálogo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde. Ainda não há evidências de que uma cause a outra, mas as autoridades avaliam a evolução da síndrome no país.  

    Na edição desta sexta-feira (14) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é esta síndrome, quais são os seus sintomas e qual a sua relação com a Covid-19. 

    “A doença é uma inflamação que ‘pega’ o corpo todo. Muitas vezes, no diagnóstico, não possui uma bactéria causando algum dano no corpo. O que chama a atenção é que ela atinge crianças que tiveram Covid-19 e depois melhoraram. É um quadro que mostra a presença de febre, pressão arterial baixa, manifestações gastrointestinais, disfunção no coração, conjuntivite e inflamações pelo corpo”, explicou.

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    Correspondente Médico
    Correspondente Médico: O que é a síndrome rara que acomete crianças com Covid-19?
    Foto: Reprodução/CNN

    Fernando Gomes avalia ainda que, o quadro desencadeado em crianças pode desenvolver manifestações mais graves da doença. Por ser uma espécie de complicação tardia da Covid-19, o médico alerta para a necessidade de atendimento em unidades de saúde.

    “A própria Sociedade Brasileira de Pediatria faz um alerta sobre a relação da síndrome com o novo coronavírus. Se nos adultos abre um quadro de insuficiência respiratória, na faixa pediátrica acaba sendo um pouco diferente e a manifestação pode acabar sendo uma das mais graves, relacionadas ao vírus. É importantíssimo procurar um médico nestes casos”, alertou.

    Na avaliação do médico, há uma influência genética que faz com que algumas crianças desenvolvas certas doenças. No entanto, é necessário sempre ter cautela e ficar atento aos sintomas.

    “Existe sim, uma influência genética e que impacta diretamente no sistema imunológico das crianças. Mas não existe um remédio específico para curar a doença. Há uma terapia que envolve diversos profissionais e temos um ambiente específico para fazer isso, que acaba sendo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). É necessário ficar atento aos sintomas”, finalizou.

    (Edição: André Rigue)

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