Correspondente Médico: entenda os riscos do tratamento de um aneurisma
Neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre caso de ex-BBB Josy Oliveira, que morreu, aos 43 anos, durante cirurgia para tratar aneurisma
Na edição desta segunda-feira (6) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou dos riscos no tratamento de um aneurisma, como o que matou a ex-participante do Big Brother Brasil Josy Oliveira neste sábado (4), aos 43 anos.
Segundo familiares, a psicóloga sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral ) durante cirurgia para tratar um aneurisma, ficou em coma induzido, mas não resistiu.
“O aneurisma cerebral é uma dilatação sacular de um vaso intracraniano. Os vasos funcionam como se fossem ruas: tem uma avenida, que vira rua e vira viela, aonde acontece a troca de nutrientes com o tecido cerebral”, diz Fernando Gomes.
“Existe uma fragilidade bem na região da bifurcação, de origem congênita e, também, que pode ser incrementada pelo estilo de vida, principalmente tabagismo e hipertensão arterial, que faz com que, nesse ponto de encruzilhada, uma bolha se forme e se dilate, até que se rompa o aneurisma”, completou o médico.
Fernando Gomes explicou que o rompimento de um aneurisma causa sangramento dentro da região do tecido cerebral e em volta dele, provocando uma grande lesão e grande processo inflamatório.
“Acaba sendo causa de óbito em muitas pessoas e o tratamento requer a oclusão (fechamento) do aneurisma, que pode ser feito de duas formas: procedimento endovascular, como se fosse um caninho que entra pela artéria e chega até o ponto e faz oclusão”, afirmou o neurocirurgião.
“Há também o tratamento clássico, que é uma craniotomia. Sob anestesia geral, se faz o acesso cirúrgico com abertura do crânio, chega até a região do aneurisma e coloca espécie de um clipe em volta dele, fechando sua saída.”
(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)