Correspondente Médico: Como os animais de estimação auxiliam na saúde mental?
Estudo diz que pets podem reduzir estresse e ansiedade
Um estudo conduzido pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, em parceria com a Western Australia Tourism, encontrou evidências que sugerem que observar animais fofos pode contribuir para a redução do estresse e da ansiedade. A pesquisa examinou que assistir a imagens e vídeos de bichinhos por 30 minutos afeta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a ansiedade.
Na edição desta segunda-feira (28) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes analisou a importância dos animais de estimação para a vida humana e como eles auxiliam na saúde mental.
“Grande parte do nosso cérebro trabalha com imagens. Se eu ofereço um conteúdo bonito e carinhoso, nosso cérebro reage imediatamente. Quando isso acontece, ele tende a ficar mais tranquilo e relaxado. Isso porque as amigdalas disparam menos e com isso você consegue estimular o sistema nervoso parassimpático. Ele é responsável por trazer tranquilidade e relaxamento”, explicou.
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De acordo com o médico, o efeito de tranquilidade é quase que imediato nos seres humanos. Além disso, ter um animal de estimação impacta no nível de pressão arterial e na respiração.
“Eles são fundamentais para gerar tranquilidade. Este estudo também mostra importância da escolha do que a gente assiste e coloca para dentro do nosso cérebro como informação é muito importante”, afirmou.
Os animais acabam sendo uma “farmácia natural que pode auxiliar no gerenciamento de conteúdo no cérebro. “Se a gente já sabe disso e eu estou estressado, por que não olhar para algo neste sentido ao invés de procurar algo que tenha violência, por exemplo? Nós temos a chance de ligar ou não esta chave”, indagou Fernando Gomes.
Cenas mais leves podem ser uma oportunidade de dar uma pausa na adrenalina e no fluxo intenso de informações no cérebro. “Esta é uma alternativa para trazer o indivíduo para um estado de equilíbrio diferente. O mesmo é proporcionado pela meditação, por exemplo”, finaliza.
(Edição: André Rigue)