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    Correspondente Médico: Como o poder de escolha afeta a saúde mental na pandemia?

    Neurocirurgião Fernando Gomes aborda como essa maior liberdade do horário ampliado para bares e restaurantes afeta a saúde mental em meio ao isolamento

    Pela primeira vez em quatro meses, bares e restaurantes de São Paulo puderam funcionar nesta quinta-feira (6) até as 22h. A mudança no horário de funcionamento foi anunciada pelo governador João Doria (PSDB). A medida vale para regiões que estão na fase amarela do plano de reabertura há pelo menos 15 dias.

    Na edição desta sexta-feira (7) do Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes abordou como essa maior liberdade propiciada pelo horário ampliado renova o poder de escolha do cérebro e afeta a saúde mental em tempos de pandemia e isolamento social.

    Segundo o especialista em neurociência, quando a mente tem a possibilidade de fazer escolhas, “vem a parte ativa da liberdade, que é o exercício do livre-arbítrio, que estimula a área mais interior do cérebro, onde ocorre o processo de decisão”. 

    “Isso faz parte de um sistema relacionado com a recompensa cerebral, que conecta com outras áreas, como o núcleo accumbens e a área tegmental ventral, que, quando liberam o neurotransmissor chamado dopamina, traduzem para essa sensação de felicidade, bem-estar, prazer e pertencimento”, acrescentou.

    De acordo com Gomes, essa liberação “representa uma energia a mais para a gente seguir em frente”. “E eu entendo que, para a saúde mental, isso [o processo] faz muito sentido”, defendeu.

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    Para além disso, o médico pontuou a importância da questão social na reabertura até mais tarde, o que, segundo ele, “traz uma sensação de felicidade”.

    Apesar disso, o médico frisou que esse poder de escolha deve ser associado aos cuidados para evitar contaminação, como manter o distanciamento social e utilizar máscara de proteção.

    Vale destacar que, apesar da nova etapa da flexibilização em São Paulo, a cidade de São Paulo ultrapassou, nessa quinta-feira (6), a marca de 10 mil mortos pela Covid-19. 

    De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade tem 10.012 mortos e 242.770 casos confirmados da doença do novo coronavírus.

    No Brasil, a pandemia da Covid-19 soma 2.912.212 casos e 98.493 mortes pela doença causada pelo novo coronavírus. Na quinta-feira, foram informados 53.139 novos casos e mais 1.237 mortes por Covid-19.

    (Edição: André Rigue)

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