Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Correspondente Médico: Como identificar os primeiros sinais da depressão?

    Neurocirurgião detalha os tipos da doença e como prevenir

    Michelle Obama, ex-primeira dama dos Estados Unidos, disse estar sofrendo de uma ‘leve depressão’. Entre os motivos está a pandemia do novo coronavírus, as relações raciais nos EUA e o conflito político em torno destas questões. 

    Na edição desta sexta-feira (7) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é uma depressão leve, quais são os outros níveis da doença e como impacta o cérebro humano.

    De acordo com ele, cerca de 20% da população vai apresentar a doença em algum momento da vida. “A Michelle é uma pessoa muito querida e quando fala isso para o público, faz um grande serviço para que todos prestem atenção. É um problema de saúde pública”, iniciou.

    “O desfecho final de uma depressão não tratada pode ser a morte. Ao identificar, muito mais do que tristeza, uma falta de interesse pelas coisas, uma sensação de baixa autoestima, culpa, alteração de sono e alimentação, interferência na sua produtividade no trabalho, é preciso ficar atento. Isso pode ser depressão”, listou o médico, que chamou a atenção para os sintomas. 

    Leia também:

    Correspondente Médico: Tristeza é sinônimo de depressão?

    Estudo indica aumento em casos de depressão durante pandemia

    Em sua avaliação, existe, sim, níveis diferentes da doença. Ela pode evoluir de um quadro leve para até casos mais graves.

    “Quando você tem um quadro leve da doença, a pessoa sofre bastante, mas ela não tem uma incapacidade de realizar suas tarefas. Em casos moderados, ela sobre e tem algumas alterações de desempenho no trabalho. Em casos mais graves, o indivíduo fica totalmente incapacitado e, nestes casos, ele merece ser diagnosticado e tratado prontamente”, explicou.

    Em caso de diagnóstico, o impacto da doença no cérebro chama a atenção dos especialistas. De acordo com Fernando Gomes, o quadro está diretamente relacionado com os neurotransmissores, responsável por levar informações para diversos ‘circuitos’ do cérebro, incluindo a responsável por gerenciar o humor. 

    “Existe todo um processo de tratamento eficiente para colocar todos os neurotransmissores e neurônios funcionando de maneira plena e eficiente. Mas lembro também que de 40% a 50% das pessoas que desenvolvem a doença estão ligadas à uma questão hereditária”, reforçou. 

    E acrescentou: “É importante que estas pessoas busquem ajuda profissional multidisciplinar, que envolve psicólogos e psiquiatras. Todo este processo pode envolver um cenário de mudança na vida do indivíduo, reforçando ainda mais a importância de um acompanhamento atento à doença”, finaliza.

    (Edição: André Rigue)

    Tópicos