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    Correspondente Médico: Atividades físicas ao ar livre estimulam o cérebro?

    Fernando Gomes também abordou a importância dos hábitos para as crianças e o impacto da Covid-19 no cérebro

    Na edição desta segunda-feira (13) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre os impactos das atividades físicas ao ar livre no cérebro humano e como o corpo se adapta à volta de parques e academias neste período de pandemia. O médico também abordou a importância dos novos hábitos e da música no processo de estímulo à memória das crianças.

    Comentando sobre a reabertura de parques e academia na cidade de São Paulo, Fernando Gomes avaliou a importância das atividades físicas ao ar livre para o corpo humano. De acordo com o médico, a prática de exercícios em locais abertos reduz o estresse, beneficiando a mente. Além disso, o contato com a natureza pode reconectar com uma maior entrega e presença em outras atividades diárias, afirma Gomes.

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    “Na prática de exercícios em locais abertos e com muito verde, evocamos emoções nosso primeiro contato com o mundo físico. Além disso, o contato com a natureza faz com que o nosso cérebro entre em estado de integração com diversos ‘lobos’ dando a sensação de estarmos em ‘stand-by'”, explicou. 

    Gomes também reforçou a importância da atividade física para o combate à ansiedade. “A falta de exercício físico pode desencadear quadros de ansiedade, principalmente em pessoas que praticavam com mais frenquência antes da pandemia. Quando praticamos alguma atividade física, há uma liberação de endorfina, dopamina, setotonina e anadamida – que  permitem a sensação de prazer após os exercícios”, acrescentou.

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    Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil

    Memória das crianças

    O neurocirurgião também avaliou a importância dos novos hábitos para o cérebro e rotina das crianças. Por terem vivido menos, de acordo com o médico, o cérebro dos pequenos são como uma esponja que absorve mais rapidamente as situações e se readequam com mais facilidade.

    O médico explica que, no momento em que aprendemos algo, buscamos as habilidades já armazenadas. Assim, quando precisamos fazer aquela mesma coisa no futuro, mesmo depois de muito tempo, as conexões cerebrais buscam informações da primeira vez em que a ação foi aprendida. E isso é feito em questões de segundos.

    “O cérebro de uma criança funciona como se fosse uma esponja seca se você oferece água para ela. O que quero dizer é que, se você oferece um novo modelo de adaptação, é muito mais fácil de ser adotado por elas. Existem diversas memórias que auxiliam neste processo de aprendizagem das crianças, disse.

    “A memória de procedimento, responsável pela mudança de comportamento, é a que você não esquece –como andar de bicicleta, por exemplo”, explicou. “Você não lembra quando começou a andar exatamente, mas nunca esqueceu”, afirmou o médico

    Importância da música

    No dia mundial do Rock, Fernando Gomes também falou sobre o papel fundamental da música para o desenvolvimento humano. A data foi criada há 35 anos, após um festival que tinha como objetivo principal  arrecadar fundos para acabar com a fome na Etiópia.

    Questionado sobre a influência do gosto musical dos pais na memória dos filhos, inclusive quando eram bebês, o médico explica que há relação direta.

    “O aparelho auditivo é capaz de reconhecer sons a partir do quarto mês de gestação. Portanto, a criança é capaz de reconhecer sons dentro da barriga da mãe, independente do gênero musical. Ambientes onde os pais escutam a música, fazem com que a criança desenvolva essa memória afetiva”, concluiu.

     

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