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    Coronavac parece ser segura e pode criar anticorpos em crianças, segundo Sinovac

    Testes preliminares apontam que doses menores são capazes de induzir uma alta produção de anticorpos em crianças de 3 a 17 anos

    Rosanne Liu e Ryan Woo,

    da Reuters, em Pequim

    A CoronaVac, vacina contra Covid-19 da Sinovac Biotech — administrada no Brasil pelo Instituto Butantan — parece ser segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, de acordo com resultados preliminares de testes iniciais a intermediários, disse a empresa nesta segunda-feira (22).

    Os dados preliminares são de testes clínicos iniciais a intermediários com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo.

    A maioria das reações adversas foi branda, disse Zeng Gang, um pesquisador da empresa, em uma conferência acadêmica em Pequim.

    Segundo relatos, duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, disse ele, sem dar detalhes ou especificar as temperaturas.

    Frasco com Coronavac, vacina contra Covid-19, em São Paulo
    Frasco com Coronavac, vacina contra Covid-19, em São Paulo
    Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo (2.mar.2021)

    Os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina CoronaVac da Sinovac foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas em testes clínicos anteriores, disse Zeng na apresentação.

    Para crianças de 3 a 11 anos, a dose menor conseguiu induzir reações de anticorpos favoráveis, e a dose média funcionou bem nos jovens de 12 a 17 anos, disse ele.

    Os dados preliminares ainda não foram publicados em um periódico científico analisado pela comunidade científica.

    Os testes de estágio avançado da Sinovac no exterior, que testam a capacidade da vacina para impedir a doença Covid-19, ainda não incluíram menores de idade.

    A empresa também está testando uma terceira dose como mais um reforço em ensaio clínico na China, com os participantes recebendo uma terceira dose cerca de oito meses após receberem a segunda.

    A Sinovac já forneceu 160 milhões de doses de vacina a 18 países e regiões, incluindo a própria China, e mais de 70 milhões de doses já foram aplicadas.