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    Coronavac é segura para o grupo de risco, diz membro do centro de contingência

    Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência paulista, afirmou que o Butantan prepara novo estudo sobre eficácia da vacina em diferentes faixas etárias

    Da CNN*, em São Paulo

    O Instituto Butantan divulgou nesta quinta-feira (7) os dados de eficácia da Coronavac e afirmou que pedirá o uso emergencial da vacina à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Apesar das notícias, ainda não se sabe a eficácia do medicamento em idosos, o primeiro grupo a ser vacinado. 

    Mas, para Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência de São Paulo, a falta de dados específicos por faixa etária não é motivo de preocupação, uma vez que não houve eventos adversos durante a fase 3 de testes clínicos da Coronavac.

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    “Temos pronto o planejamento de um novo estudo da vacina com pessoas acima de 60 anos para ter maior estimativa da eficácia da vacina neste grupo etário. Porém não houve qualquer evento adverso grave durante a fase 3 de estudos. A vacina é muito segura e deve estar disponível para os grupos de risco em breve,” disse Menezes.

    Vacina Coronavac chega ao Brasil (03.dez.2020)
    Vacina Coronavac chega ao Brasil (03.dez.2020)
    Foto: Reprodução/CNN

    Butantan não pediu uso emergencial nesta quinta

    O Instituto Butantan desistiu de pedir o uso emergencial da Coronavac, nesta quinta-feira (7), por ainda faltar dados mais claros da eficácia da vacina do laboratório chinês Sinovac, informaram fontes técnicas da Anvisa que participam das reuniões com os laboratórios brasileiros nesta semana. O instituto, porém, nega a desistência e diz que o pedido será feito até esta sexta (8).

    Um dos técnicos explicou que a eficácia é calculada de forma global, e não dividida entre casos graves e leves, como apresentado em coletiva de imprensa do governo do estado de São Paulo nesta quinta-feira. 

    Em todas as agências fora do Brasil e com todas as outras vacinas, a eficácia compreendida é a média de todos os estudos. Um outro técnico disse, inclusive, que “esse 100% é totalmente irreal e os 78% é apenas um subgrupo”. O entendimento é de que o governo de São Paulo valorizou o anúncio.

    Visto que o Butantan não apresentou a eficácia global, esperada pela agência reguladora, e ainda espera mais dados do laboratório chinês, a entrada com o pedido de uso emergencial não traria uma resposta positiva. 

    Quando houver a formalização, a Anvisa tem até 10 dias corridos para se manifestar assim que a submissão for feita.

    O comunicado da agência confirma as informações passadas pelas fontes. “Por estratégia própria do Butantan, o Instituto não oficializou a submissão de uso emergencial. A reunião de pré-submissão é feita, a critério da empresa/instituição, antes do pedido formal de registro ou da autorização de uso emergencial”, explica o comunicado.

    *com informações de Natalia André, da CNN

    (Publicado por Daniel Fernandes)

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