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    Coquetel em análise pela Anvisa não serve para casos graves, diz infectologista

    Coquetel é utilizado nos EUA para pacientes com casos leves e moderados de Covid-19

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues

    Da CNN, em São Paulo

    O coquetel contra a Covid-19 com casirivimabe e imdevimabe –dois remédios experimentais já utilizados nos Estados Unidos, que a farmacêutica Roche pediu autorização para uso emergencial no Brasil– mostrou eficácia em casos leves e moderados da doença, mas não é recomendado para pacientes graves, explica a infectologista e epidemiologista Denise Garrett em entrevista à CNN.

    “São anticorpos sintéticos fabricados em laboratório, você toma como se imitassem os anticorpos naturais, que o corpo leva dias para desenvolver quando somos infectados. Tem que tomar logo no início da doença, pois eles impedem que o vírus entre nas células. Por isso, é indicado até 10 dias, no máximo, depois do primeiro sintoma”, afirma.

    Ela disse como é a administração no tratamento nos Estados Unidos. “São recomendados para casos leves e moderados. Em casos graves, não é recomendado, pois os vírus já entraram na célula e estão replicando. E não são para todo mundo: pode ser criança maior de 12 anos, com mais de 40 quilos, e adultos. É indicado para pessoas com risco alto de desenvolver uma doença grave, com fatores de risco como diabetes, obesidade e insuficiência renal crônica”, detalha.

    A infectologista e epidemiologista Denise Garrett (02.abr.2021)
    A infectologista e epidemiologista Denise Garrett (02.abr.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Denise disse que os estudos apontaram que a carga viral de quem tomou diminuiu. “Um ensaio clínico mostrou redução de até 70% na hospitalização comparado com as que tomaram placebo. E também reduz o tempo de sintomas em até quatro dias”.