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    Consumo de ultraprocessados pode afetar saúde de idosos; veja opções nutritivas

    Alimentação saudável contribui para a prevenção de doenças e o controle de enfermidades que comumente atingem a população da terceira idade

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    O consumo de alimentos ultraprocessados pode afetar a saúde de pessoas de todas as idades, em especial os idosos. O alerta é do Ministério da Saúde, que lançou um guia alimentar para a faixa etária, que recomenda opções nutritivas que podem beneficiar o organismo dessa população.

    De acordo com o documento, a troca das principais refeições, especialmente o jantar, por lanches como pães, leite, bolachas, salsichas e presunto, é comum entre a população idosa.

    A alimentação saudável contribui para a prevenção de doenças e o controle de enfermidades que comumente atingem a população da terceira idade.

    Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 3,4 milhões de idosos acompanhados na Atenção Primária à Saúde em 2021, 11,82% apresentaram baixo peso e 52,11%, sobrepeso.

    Nesta fase da vida, diversos fatores podem interferir na maneira como este público se alimenta, como alterações fisiológicas, psicológicas e sociais, além do uso de medicamentos e de doenças crônicas. Questões que impactam diretamente a vida dos idosos, como alterações na mobilidade, perda de olfato e da visão e redução do paladar, também estão entre os fatores que influenciam a alimentação.

    A praticidade faz com que o consumo de ultraprocessados seja alto entre a população idosa. Entretanto, esses alimentos são nutricionalmente desbalanceados, repletos de gorduras, açúcares e de sódio.

    Doenças como diabetes, hipertensão e obesidade são comuns nessa faixa etária e a ingestão de alimentos pobres em fibras, vitaminas e minerais pode piorar ainda mais essas condições de saúde.

    Além disso, idosos podem apresentar dificuldade na absorção de nutrientes, quadro que pode ser agravado pelos ultraprocessados, que prejudicam o controle da fome e da saciedade, induzindo o consumo excessivo.

    Para orientar uma rotina de alimentação adequada, familiares e profissionais de saúde precisam estar atentos à vulnerabilidade social, ao contexto socioambiental, disfunções fisiológicas e dependência funcional deste público.

    As principais recomendações para a alimentação de pessoas idosas incluem respeitar a rotina de café da manhã, almoço e jantar, priorizar o consumo de alimentos preparados na hora, como arroz e feijão, carnes, ovos, legumes e verduras, farinha de mandioca e panquecas.

    O ministério recomenda o consumo diário de frutas, verduras e legumes, que são fontes ricas de vitaminas, minerais, fibras, antioxidantes e possuem quantidade baixa de calorias. Deve ser priorizado o consumo de fruta inteira em vez de sucos de frutas, mesmo os naturais, que não fornecem os mesmos benefícios e nutrientes que o consumo da fruta inteira.

    Como opção às refeições completas no jantar, podem ser feitas sopas com alimentos in natura como alternativa, substituindo o consumo de lanches à base de biscoito, pão empacotado e embutidos.

    Óleos, gorduras, sal e açúcar devem ser usados em pequenas quantidades. O consumo de bebidas adoçadas, como refrigerante, suco de caixinha, suco em pó e refrescos, deve ser evitado. Já a água deve ser ingerida mesmo sem apresentar sede, para prevenir a desidratação e a constipação, situações comuns nessa fase da vida.

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