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    Conheça as 15 bactérias mais perigosas para a saúde humana, segundo a OMS

    De acordo com a entidade, essas bactérias oferecem ameaça à saúde pública por serem resistentes a antibióticos; veja quais são

    Gabriela Maraccinida CNN

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou na sexta-feira (17) uma atualização na lista de Patógenos Bacterianos Prioritários 2024, que apresenta 15 famílias de bactérias que oferecem riscos à saúde humana por serem resistentes a antibióticos.

    A lista divide as bactérias em categorias críticas, altas e médias de priorização, fornecendo orientações sobre o desenvolvimento de tratamentos novos e necessários para impedir a propagação de bactérias com resistência a antibióticos.

    A lista foi publicada pela primeira vez em 2017, ano em que a ameaça da resistência antimicrobiana se intensificou, de acordo com Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta de resistência antimicrobiana da OMS. Agora, a atualização da lista poderá “mapear a carga global de bactérias resistentes aos medicamentos e avaliar o seu impacto na saúde pública”, segundo a especialista.

    “Esta lista é fundamental para orientar o investimento e lidar com o pipeline de antibióticos e a crise de acesso”, afirma Nakatani, em comunicado divulgado à imprensa.

    O que é resistência antimicrobiana?

    A resistência antimicrobiana acontece quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos medicamentos, tornando as pessoas mais doentes e aumentando o risco de propagação de doenças e de morte.

    No caso das bactérias, esse fenômeno é conhecido como resistência a antibióticos e os microrganismos que apresentam essa resistência são chamados de “superbactérias“.

    De acordo com a OMS, a resistência é motivada, em grande parte, pelo uso indevido e excessivo de antibióticos por parte dos pacientes.

    “A resistência antimicrobiana põe em risco a nossa capacidade de tratar eficazmente infecções de alto impacto, como a tuberculose, levando a doenças graves e ao aumento das taxas de mortalidade”, afirmou Jérôme Salomon, diretor-geral adjunto da OMS para a Cobertura Universal de Saúde, Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis.

    Quais são as bactérias resistentes a antibióticos da lista da OMS?

    Entre os agentes patogênicos que foram classificados como prioridade crítica estão as bactérias gram-negativas resistentes aos antibióticos de último recurso e o Mycobacterium tuberculosis resistente ao antibiótico rifampicina. De acordo com a OMS, esses microrganismos apresentam ameaças globais devido à sua elevada carga e capacidade de resistir ao tratamento e de espalhar essa resistência para outras bactérias.

    Já entre os agentes patógenos de alta prioridade, estão a Salmonella e Shigella, frequentemente encontradas em alimentos contaminados malcozidos. Segundo a OMS, elas são potencialmente perigosas em países de baixa e média renda, junto com a Pseudomonas aeruginosa e o Staphylococcus aureus.

    Outros agentes de alta prioridade são a Neisseria gonorrhoeae e Enterococcus faecium, que, na visão da entidade, apresentam desafios únicos de saúde pública, incluindo infecções persistentes e resistência a múltiplos antibióticos, o que aumenta a necessidade de intervenções de saúde pública.

    Já entre os agentes patogênicos de prioridade média incluem os estreptococos dos grupos A e B, como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. Segundo a OMS, esses agentes requerem maior atenção, especialmente em populações vulneráveis, incluindo populações pediátricas e idosas, principalmente em locais com recursos limitados.

    A lista atualizada também enfatiza a necessidade de uma abordagem abrangente de saúde pública para resistência antimicrobiana, incluindo o acesso universal a medidas de qualidade e acessíveis para prevenção, diagnóstico e tratamento adequado de infecções, conforme descrito em documento da OMS.

    Veja, abaixo, a lista completa de bactérias resistentes à antibióticos que aderiram a lista de 2024:

    Prioridade crítica:

    • Acinetobacter baumannii, resistente a carbapenem;
    • Enterobacterales, resistentes às cefalosporinas de terceira geração; e
    • Enterobacterales, resistentes a carbapenêmicos;
    • Mycobacterium tuberculosis, resistente à rifampicina.

    Prioridade máxima:

    • Salmonella Typhi, resistente às fluoroquinolonas;
    • Shigella spp., resistente a fluoroquinolonas;
    • Enterococcus faecium, resistente à vancomicina;
    • Pseudomonas aeruginosa, resistente a carbapenêmicos;
    • Salmonella não tifóide, resistente às fluoroquinolonas;
    • Neisseria gonorrhoeae, resistente à cefalosporina e/ou fluoroquinolona de terceira geração;
    • Staphylococcus aureus, resistente à meticilina.

    Prioridade média:

    • Estreptococos do grupo A, resistentes a macrolídeos;
    • Streptococcus pneumoniae, resistente a macrolídeos;
    • Haemophilus influenzae, resistente à ampicilina;
    • Estreptococos do grupo B, resistentes à penicilina.

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