Comunidade médica espera aprovação da Coronavac para crianças, diz diretora da SBIm
À CNN Rádio, Flavia Bravo afirmou que os mais de 34 mil casos de internação de crianças por Covid-19 desde o início da pandemia não podem ser menosprezados
Em entrevista à CNN Rádio, a pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flavia Bravo, afirmou que a comunidade médica torce pela aprovação da Coronavac para crianças.
“Esperamos que seja aprovada o mais breve possível, ela usa tecnologia antiga e temos os resultados do que foi apresentado pelo Instituto Butantan, ela vai ser muito bem-vinda para ampliar essa fase de vacinados com mais celeridade”, defendeu.
O Butantan informou na última terça-feira (4) que um estudo de fase 3 concluiu que o imunizante contra a Covid-19 é seguro para crianças e adolescentes a partir dos seis meses até os 17 anos de idade.
Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou somente a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos e adolescentes. A Anvisa cobrou do Instituto mais dados para o aval.
A pediatra avalia que a vacinação de crianças é essencial já que “não pode menosprezar os mais de 34 mil casos de internação de crianças por Covid-19 desde o início da pandemia.”
Ela acredita que a compra das doses pediátricas do imunizante da Pfizer – que tem menos antígenos do que a para adultos – poderia ter sido acelerada “a partir da aprovação da Anvisa, que foi baseada em critérios minuciosos, com outras associações médicas apoiando.”
Flavia disse que a audiência pública proposta pelo Ministério da Saúde prejudicou o processo de imunização. A expectativa, agora, é para divulgação das regras para a vacinação das crianças.
“Entendo que depende da chegada de doses, temos poucas doses disponíveis, é possível que com as crianças também vá acontecer essa situação de escalonamento e seja necessário iniciar com imunossuprimidos.”
A diretora da SBIm reforçou ainda que é “importante ampliar a vacinação para crianças e completar o ciclo para as outras faixas etárias” para, assim, fazer com que vírus não circule e “ter chance de controle da pandemia”.