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    Complicações podem ter relação com acesso médico à veia, diz especialista sobre amputação no RJ

    Paciente de 24 anos deu entrada no Hospital da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para dar à luz e deixou o local com a mão amputada

    Vinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    Gleice Kelly, de 24 anos, foi ao Hospital da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para dar à luz e deixou o local com a mão amputada. Segundo Glecei, o parto foi rápido, mas logo quando a médica a estava costurando, percebeu uma quantidade de sangue excessiva.

    Ela afirma que as médicas avaliaram que ela estava tendo uma hemorragia. “Elas precisavam correr para fazer alguma coisa, eu tive que ir para a sala de parto sem acesso venoso nenhum. Quando eu desmaiei esse acesso foi colocado”, relatou.

    O acesso foi colocado no braço esquerdo, em cima da mão. “Ele já tava um pouco vermelho e inchando. Na hora achei que era uma coisa normal. Nada demais, só que tava ardendo e um pouco doloroso. Eu falei da dor e elas falaram que era normal”.

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (17), o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, afirmou que as complicações que levaram à amputação podem ter relação com o acesso venoso.

    “Tudo parece ter decorrido do acesso venoso. Ela fez um acesso venoso nessa mão que foi amputada. A partir desse acesso venoso aconteceram complicações”, afirma Fernandes.

    O especialista pondera que a avaliação é uma hipótese do que pode ter ocorrido. “Vou falar em tese e não sobre o caso específico por que, claro, não conheço o que aconteceu. Não sei se essa paciente tem alguma intercorrência clínica ou alguma comorbidade, me parece que não, me parece tratar-se de uma moça absolutamente saudável pelo que está sendo noticiado”, pontua.

    Fernandes destaca que o caso deve ser amplamente investigado.

    “Este caso precisa ser investigado a fundo por autoridades tanto do judiciário quanto por autoridades dos conselhos regionais de medicina. Tem que se apurar responsabilidades para entender se houve nesse caso negligência, imperícia, imprudência e, nesse caso, punir os responsáveis”, diz.

    (Publicado por Lucas Rocha, com informações de Catarina Nestlehner e Gabriele Koga)

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